"Queremos governar melhor, governando diferente"
O PS quer “debater o programa político de forma aberta e participada”, até que possa ser aprovado na convenção nacional do partido, marcada para 5 e 6 de junho, revelou António Costa.
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Política António Costa
João Tiago Silveira deu hoje o mote, apresentado em linhas gerais o programa socialista. António Costa subiu depois ao palanque e, perante jornalistas, explicou o objetivo do PS: “Queremos governar melhor, governando diferente”.
No seu discurso, António Costa centrou-se em três ideias-base do que deve ser um Estado: “forte, inteligente e moderno”. E apresentou algumas das ideias que quer levar para o Executivo caso o PS vença as legislativas.
Nas palavras do secretário-geral socialista, “a lógica no processo de participação e rigor que tem marcado a construção da nossa alternativa, queremos que marque a nossa ação governativa”, disse António Costa, defendendo de seguida que o Estado deve defender as suas marcas, da Defesa à Segurança Interna, passando pela garantia de mínimos sociais, ao mesmo tempo em que aposta “agilidade da Justiça” e se mostra “capaz de regular setores hoje considerados centrais, como o financeiro”.
Perante jornalistas, António Costa defendeu também que quer um Estado que “não se consome em gorduras” e que “trave esta política de descapitalização” que, considera, o Governo tem levado a cabo em áreas de relevo.
Para António Costa, o Estado deve também apostar “em ser o motor em setores de inovação, como o mar e energia”, investimentos que apelida de “estratégicos” por poderem “multiplicar” retorno no futuro.
Já no que à organização da ‘máquina’ do Estado diz respeito, o PS aposta na descentralização, com António Costa a defender que quem está “mais próximo das pessoas e mais próximo dos problemas” poderá mais facilmente procurar soluções, mas também “poupar os serviços públicos aos caprichos ministeriais”, evitando que a Administração esteja “em estado de reformulação permanente”.
António Costa defende também que um Executivo deve ser mais transversal na forma de atuar. E deu como exemplo o simplex, defendendo que este “não pode ser a política de um ministério; tem de ser um espírito que contagie toda a ação governativa”, disse.
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