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Tribunal adia julgamento de deputado José Manuel Coelho

O Tribunal da Comarca da Madeira adiou hoje "sine die" o julgamento do deputado do PTP, José Manuel Coelho, acusado de difamação, por este ter arrolado como testemunha Miguel Albuquerque entretanto eleito presidente do Governo Regional.

Tribunal adia julgamento de deputado José Manuel Coelho
Notícias ao Minuto

13:38 - 19/05/15 por Lusa

Política Madeira

O processo tem também como arguido o diretor do Diário de Notícias da Madeira, Ricardo Oliveira, que, juntamente com o deputado madeirense, respondem por três crimes de difamação agravada.

Na origem deste processo está uma queixa apresentada pelo antigo secretário-geral adjunto do PSD/Madeira, António Candelária, na sequência de afirmações proferidas por José Manuel Coelho, em vários dias dos meses de agosto e setembro de 2011, depois reproduzidas pela publicação regional.

Referindo-se a António Candelária como tesoureiro da Fundação Social Democrata da Madeira (FSD) e chefe do secretário do PSD/Madeira, o deputado insular disse que este "ter-se-á apropriado" de 32 milhões de euros do dinheiro daquela fundação, "fugiu para o Brasil, deixando um buraco financeiro ao partido".

O advogado Norberto Baptista, defensor do deputado, apresentou hoje um requerimento ao Tribunal segundo o qual não prescinde da testemunha por si arrolada (Miguel Albuquerque], para a "descoberta da verdade material", lembrando que a referida testemunha, para depor, necessita obter autorização, quer da Assembleia Legislativa da Madeira, quer do Conselho de Estado.

O Tribunal deu, assim, "sem efeito" a audiência de hoje "ficando os autos a aguardar sine die pelas referidas alegações".

A juíza, contudo, determinou que, "para evitar delongas processuais por força das solicitadas autorizações", fixar um período de 10 a 20 dias para obtenção das autorizações da ALM e do Conselho de Estado mas, a manter-se a falta de resposta, indicou que, até 30 dias, haja decisão para "não contender com o princípio da continuidade da audiência".

Durante a audiência, Filipe Silva, advogado de António Candelária, considerou que o julgamento deveria ser retomado após as eleições legislativas nacionais, indicando o final de outubro.

Os arguidos José Manuel Coelho e Ricardo Oliveira pediram para ser retirado do rol das suas testemunhas o nome do jornalista Tolentino de Nóbrega, entretanto falecido, e fizeram constar nos autos a sua luta "pela democracia e liberdade de imprensa na Madeira".

José Manuel Coelho arrolou como testemunha, em substituição do falecido jornalista, o ex-presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim.

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