“Depois de semanas de menorização do CDS como parceiro de coligação, subitamente, a 25 de abril, PSD e CDS anunciaram o casamento de conveniência para as legislativas e para as presidenciais”, começou por explicar António Galamba, no seu espaço de opinião habitual do jornal i.
“Às tréguas do anúncio, sem que houvesse qualquer acordo pré-nupcial, sucede agora o regresso ao bullying do PSD sobre o CDS e o espetáculo das comadres desavindas”, acrescentou.
O socialista faz referência às acusações entre Passos e Portas, sobre a demissão do primeiro, que surgiram pouco após o anúncio da coligação eleitoral.
Galamba sublinha que estas discussões são “irrelevantes” porque “o poder sobrepôs-se às convicções”.
“As conveniências do PSD e do CDS são evidentes – não há amor, há interesse”, indicou António Galamba.
No entanto, escreve o socialista, na altura dos portugueses escolherem, “por muito que custe a Passos, a Portas e a todos os que têm a troika entranhada no corpo, o que vai a votos são os últimos quatro anos de governo, as opções políticas e os resultados”.