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Lista VIP afinal é um "ratinho" que "pariu uma montanha"

António Bagão Félix comentou esta quarta-feira, no seu espaço de opinião da SIC Notícias, a questão da privacidade dos dados dos contribuintes na Autoridade Tributária. Para o comentador, o real problema não é a lista VIP mas aquilo que ela revelou.

Lista VIP afinal é um "ratinho" que "pariu uma montanha"
Notícias ao Minuto

22:45 - 01/04/15 por Notícias Ao Minuto

Política Bagão Félix

A questão da lista VIP é uma montanha que pariu um rato. É antes uma listinha, são apenas quatro nomes. E este ratinho é que pariu uma montanha. Isto é de uma gravidade categórica”.

As palavras são de António Bagão Félix e referem-se ao relatório da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) que indica que existem utilizadores na Autoridade Tributária (AT) com perfil que permite chegar a todo o tipo de dados de contribuintes e existem também mais de 2 mil pessoas, externas à AT, com o mesmo tipo de acesso não condicionado.

“Quem é que pode ter confiança no sigilo fiscal nestas condições?”, questiona Bagão Félix. O antigo governante refere que é a própria CNPD a afirmar que “não existe legislação que regula especificamente o tratamento de dados pessoais na AT”.

“Há um sistema com esta magnitude e agora a CNPD diz que há falta de legislação e sugere que seja feita pelo Parlamento”, sublinha, acrescentando que, numa visita ao site da lei de proteção de dados, diz que “compete à CNPD autorizar ou registar, conforme os casos, o tratamento de dados pessoais”.

“Parece-me que há um grande amadorismo em tudo isto. Existem 2300 utilizadores de empresas subcontratadas, de tarefeiros, de estagiários, alguns dos quais, de acordo com o relatório, visitaram a página do atual primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. É difícil ter palavras para isto”, admite o antigo ministro das Finanças.

Bagão Félix sustenta, ainda, que “o Governo não se pode dissociar disto” pois “na Constituição diz que o Governo é o órgão superior da administração pública”, sendo portanto uma questão “iminentemente política”.

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