"Talvez a hipótese mais provável seja o Presidente da República dissolver a Assembleia", disse Diogo Freitas do Amaral na entrevista à estação de televisão de Queluz de Baixo.
O antigo dirigente centrista e candidato a Presidente da República afirmou também que "se houver uma situação social grave", vê Aníbal Cavaco Silva a preferir "devolver a palavra ao povo" por via de eleições.
"O ano de 2013 só tem comparação em dificuldades e perigos de 1975", declarou também o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do primeiro Governo de José Sócrates (PS).
Sobre o Governo liderado por Pedro Passos Coelho, Freitas do Amaral diz acreditar que coligação entre PSD e CDS-PP "já não é um casamento de amor, é um casamento de conveniência".
No que refere a uma remodelação do Executivo, o fundador do CDS sublinha que o ministro Miguel Relvas já devia ter saído "há muito tempo por razões éticas" e o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, deveria ser substituído por alguém "mais humanista, mais sensível aos problemas sociais".
Apesar da actual situação do País e do momento presente do Governo, Freitas do Amaral advertiu contudo que o PS "não está preparado" para governar agora, mas "era bom que estivesse na altura em que isso" possa vir a suceder.