O antigo ministro socialista António Vitorino ocupa, de acordo com o jornal i, cargos em 12 empresas diferentes. O advogado é presidente de assembleias-gerais, líder de conselhos fiscais, vogal em administrações e sócio de um dos escritórios de advogados mais poderosos do país.
Estes cargos são desempenhados em empresas como a Brisa, os CTT, a Siemens, a Tabaqueira, o Santander Totta, a Novabase, entre outras.
Em 2011, António Vitorino havia assumido em entrevista ao Jornal de Negócios que é um “negociador” e acusado os portugueses de acharem que “ganhar dinheiro é pecado”.
Mas na ótica de Alfredo Barroso, o fundador do PS que se desfiliou do partido devido a declarações de António Costa perante uma plateia de chineses, Vitorino não passa de um “facilitador de negócios”.
“É o Proença de Carvalho do PS”, disse ao jornal i.
Este currículo de António Vitorino pode ser o seu grande obstáculo a uma corrida a Belém, pois dentro do PS são muitos os socialistas adeptos da herança de António José Seguro que defendia uma separação entre política e negócios.