Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 19º

"Acabamos por destruir e minar a confiança dos cidadãos"

Sobre a polémica que envolve Pedro Passos Coelho sobre a falta de pagamento à Segurança Social e alegados atrasos no pagamento do IRS, Rui Moreira considera que cabe à consciência do primeiro-ministro dar mais explicações ou não. Mas tudo vai ficar decidido na altura das eleições.

"Acabamos por destruir e minar a confiança dos cidadãos"
Notícias ao Minuto

22:31 - 04/03/15 por Notícias Ao Minuto

Política Rui Moreira

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, comentou a notícia dada esta quarta-feira pelo Expresso, em que Pedro Passos Coelho terá pago seis mil euros ao fisco por alegados atrasos no pagamento do IRS.

"Nós todos somos muito mais escrutinados, portugueses e políticos. Este escrutínio vai-se apertar ainda mais. Mas não sei se deve ser mais exigido aos políticos do que aos restantes cidadãos", começa por dizer.

Ainda sobre a falta de pagamento de contribuições à Segurança Social, durante cinco anos, pelo primeiro-ministro, entre 1999 e 2004, Rui Moreira afirma que esta é uma discussão que não tem fundamento, uma vez que os cidadãos vão acabar por tomar a sua decisão durante as eleições.

"O que devemos impor é que a partir do momento em que a população está informada, que a população depois faça as suas escolhas politicas. O que me parece objectivamente é que esta é uma forma de campanha eleitoral", indica.

"Não devemos partir de um princípio moralista de condenar as pessoas na praça pública. Não há ética política, há a ética de todos nós. A credibilidade que têm junto do eleitorado, isso é que pesa. Isto deve ser julgado no momento das eleições", frisa.

"Ele não cometeu nenhum crime, que se saiba. Acho que acima de tudo trata-se de um escrutínio político", acrescenta.

Relativamente às declarações evasivas do primeiro-ministro, o autarca diz que está na "consciência dele e na perceção política que ele tem", se vale ou não a pena dar mais explicações.

"Considero que esta discussão vai correr mal à classe política. Ao fim ao cabo acabamos por destruir e minar a confiança dos cidadãos. Não tenho a ideia de que o cidadão perfeito queira ver outro perfeito a governar", termina.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório