"Como se é primeiro-ministro sem investigação ao que se pagou?"
Passos Coelho contraiu uma dívida na Segurança Social por não efetuar descontos ao longo de cinco anos. A atitude gera dúvidas a Marcelo Rebelo de Sousa, que não acredita que haja um “rombo enorme na campanha eleitoral”.
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Política Marcelo Rebelo de Sousa
Marcelo Rebelo de Sousa comentou, a noite passada na TVI, o facto de Pedro Passos Coelho não ter descontado para a Segurança Social entre 1999 e 2004, enquanto trabalhador independente, mostrando-se perplexo com um conjunto de questões.
“Depois da chinesice de António Costa com os chineses, isto para mim é chinês. Não percebo nada”, atirou o antigo líder do PSD, dizendo que “nos impostos, uma pessoa não precisa de ser notificada para pagar. Sabe que tem de pagar. [Passos Coelho] não pagou, ponto final parágrafo”.
A explicação dada pelo ministro da tutela à data é outro aspeto que também não convenceu o professor: “Disse que há 107 mil portugueses na mesma posição. Será que não lhes foi cobrado o devido? Ainda por cima, deve explicar à vontade porque era no governo Sócrates, e não de direita”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.
O comentador questionou-se, ainda, sobre o pagamento efetuado pelo primeiro-ministro de uma dívida prescrita. “Como é que se paga voluntariamente uma dívida prescrita? A dívida prescreveu, prescreveu, não há dúvida. Como é que alguém recebe uma dívida prescrita?”, perguntou o ex-governante.
“Aparentemente pagou quando começou a investigação, já era primeiro-ministro há três anos e tal. Como é que é possível em Portugal as pessoas irem para primeiro-ministro e não haver uma investigação cuidadosa àquilo que pagaram ou não de impostos e Segurança Social anteriormente. Lá fora faz-se. Cá não se faz”, lamentou, em jeito de remate.
“Não digo com isto que ele [Passos] se vá demitir ou que seja um rombo enorme na campanha eleitoral, mas era uma coisa desnecessária e é negativa”, concluiu.
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