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Bruxelas alerta para maior incerteza e riscos políticos na UE

A Comissão Europeia considera que há mais incerteza quanto às previsões do crescimento do que há três meses, apesar de ter melhorado as perspetivas económicas para os países da União Europeia.

Bruxelas alerta para maior incerteza e riscos políticos na UE
Notícias ao Minuto

11:28 - 05/02/15 por Lusa

Política Comissão Europeia

As previsões de inverno do executivo comunitário hoje apresentadas em Bruxelas são mais otimistas do que as de outono, divulgadas há três meses: para 2015, Bruxelas prevê agora que os países da União Europeia cresçam 1,7% e que os países da zona euro cresçam 1,3%, "acelerando" no próximo ano para os 2,1% e 1,9%, respetivamente.

Nas previsões económicas de inverno, Bruxelas alerta que "a incerteza em torno nas previsões de crescimento é maior do que na altura das previsões de outono", destacando como riscos negativos os desenvolvimentos financeiros e políticos.

Nos mercados financeiros, "o risco de episódios renovados de volatilidade financeira continua presente e pode pesar no crescimento da UE", escrevem os técnicos europeus, acrescentando que a "incerteza política, por exemplo, relacionada com os desenvolvimentos na Grécia" pode desencadear estes episódios.

Além disso, também o aparecimento de "dúvidas renovadas sobre a sustentabilidade da dívida pública" pode provocar uma nova onda de volatilidade nos mercados, "em particular se as taxas de crescimento nominal permanecerem baixas e as reformas abrandarem".

Entre os riscos negativos apontados pela Comissão Europeia estão também a "implementação atrasada ou apenas parcial das reformas estruturais", uma "inflação mais baixa do que o esperado" e a eventualidade de o crescimento lento na Europa "se transformar num longo período de crescimento muito baixo".

Do ponto de vista geopolítico, para a Comissão Europeia, as tensões relacionadas com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia podem também ter impactos negativos nas projeções económicas do bloco europeu, "em particular, se as sanções permanecerem efetivas por mais tempo do que o agora assumido".

Também os conflitos no Médio Oriente e Norte de África, nomeadamente no Iraque e na Síria, podem ter "efeitos negativos mais fortes" no crescimento europeu.

No entanto, Bruxelas identifica aspetos que podem ter impactos positivos nas previsões hoje avançadas, incluindo um crescimento económico europeu e global mais forte devido à queda dos preços do petróleo.

Uma depreciação do euro mais forte, uma recuperação mais rápida do investimento, "que pode ser induzida pelo Plano Europeu de Investimento", e a implementação bem-sucedida de reformas estruturais podem também ter efeitos positivos nas estimativas avançadas hoje pela Comissão Europeia.

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