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'Tempo de Avançar' vai lutar por "cidadãos sem medo"

Independentes e movimentos como o LIVRE aprovaram hoje as linhas programáticas da iniciativa "Tempo de Avançar", que vai lutar por "cidadãos sem medo" e com voz e por um país "com futuro", nas palavras de Rui Tavares.

'Tempo de Avançar' vai lutar por "cidadãos sem medo"
Notícias ao Minuto

18:31 - 31/01/15 por Lusa

Política Iniciativa

Fundador do LIVRE, coube a Rui Tavares abrir na tarde de hoje os discursos da convenção que decorre em Lisboa e que junta centenas de pessoas, sejam cidadãos independentes e personalidades de esquerda, sejam dirigentes de movimentos ou políticos conhecidos (como Ana Drago).

Foi a todos eles que Rui Tavares disse que o que estava a acontecer era "algo nunca feito" na democracia portuguesa, pelo "grau de abertura e participação" na construção de listas e de um programa para a iniciativa "Tempo de Avançar".

E pediu à adesão ao movimento dos que querem combater a precariedade, renegociar a dívida externa ou reconhecer a independência da Palestina no primeiro ano da legislatura do Governo saído das próximas eleições.

Mas pediu também que se juntem os que não querem que "a política seja a desvalorização das pessoas", que querem "pôr a direita na oposição".

"Governar só vale a pena se for para mudar o país, não faz a mudança quem põe mudança em cartazes, faz quem conta com a força de todos", disse Rui Tavares, acrescentando que a proposta a apresentar aos portugueses nos próximos tempos é a de uma "candidatura cidadã" que no dia das eleições se transformará numa "legislatura cidadã".

Um discurso no qual disse muitas vezes a palavra "união", como a disse também depois Ana Drago, antiga dirigente do Bloco de Esquerda que começou por afirmar: "que não haja qualquer dúvida, estamos hoje aqui reunidos porque queremos mudar o país", uma "urgência e uma necessidade".

Com referências bastantes à crise e suas consequências, como perda de habitação, precariedade laboral, desemprego ou emigração, Ana Drago salientou que era preciso mudar o país e que essa é a responsabilidade que o movimento assume.

E para a mudança, explicou, é preciso recuperar o país "dos danos que fez a política de austeridade" e recuperar também a "noção fundamental de que há incompatibilidade entre pobreza e democracia", pelo que é preciso "redistribuir o rendimento", criar emprego, recuperar o "bom nome do Estado", e, claro, renegociar a dívida externa.

Em síntese, disse, é preciso e o "Tempo de Avançar" quer, "reinventar o Estado", dignificar o trabalho, "recuperar a dignidade da contratação coletiva", valorizar as pessoas e apostar na qualificação, na ciência e na cultura. E "resgatar a Europa das garras das políticas dos últimos anos".

Na manhã de hoje os participantes na Convenção aprovaram questões regimentais e durante as tarde as linhas programáticas.

Também se elegeram as listas para o conselho do movimento, uma parte em eleição por lista e outra em candidaturas uninominais (50 nomes no primeiro caso e 22 no segundo, devendo-se eleger posteriormente mais 22, um por cada círculo eleitoral).

Nas linhas programáticas, um documento de cinco pontos (depois subdivididos) defende-se a reestruturação das dívidas dos países da União Europeia e que o Estado português faça uma auditoria à dívida pública.

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