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Governo mantém a mesma matriz "política da troika"

O líder do PCP disse, na sexta-feira à noite, que o Governo mantém a mesma matriz da 'troika', continuando uma política ao serviço do grande capital económico e financeiro e da grande especulação.

Governo mantém a mesma matriz "política da troika"
Notícias ao Minuto

06:21 - 31/01/15 por Lusa

Política PCP

"Meio ano após a saída da 'troika' de Portugal ninguém vê diferenças, porque a matriz política da 'troika' e dos partidos da 'troika' nacional, é, no essencial, a mesma", referiu Jerónimo de Sousa, que falava num jantar/comício em Arzila, no concelho de Coimbra, com cerca de 300 participantes.

Segundo o secretário-geral dos comunistas, o Governo mantém a "mesma identidade nos pontos de vista das privatizações, nos ataques aos direitos dos trabalhadores e dos seus rendimentos, na ofensiva às funções sociais do Estado, ao sistema público da Segurança Social, nomeadamente às pensões e prestações sociais".

O dirigente do PCP acusou ainda a coligação PSD/CDS de aliviar impostos ao grande capital e de sobrecarregar os do trabalho, defender a ditadura do défice e dos critérios do tratado orçamental e de submissão aos critérios da União Europeia.

Referindo-se ao relatório final do Fundo Monetário Internacional (FMI), apresentado na sexta-feira, que preconiza mais medidas de consolidação orçamental, Jerónimo de Sousa salientou que a 'troika' foi embora mas 'deixou cá a política".

"Este relatório, para além da chantagem, da exigência do prosseguimento da velha receita de cortes nos salários, nas pensões e reformas, nos direitos laborais e nos direitos sociais, já tem o atrevimento de afirmar que as eleições são uma chatice, porque estragam os arranjinhos que é possível fazer entre os partidos que apoiam a política da 'troika'", disse o líder comunista.

O FMI considera que Portugal tem "pouca margem" em termos orçamentais e que, sem mais medidas de consolidação tanto em 2015 como nos próximos anos, "espera-se que o défice projetado difira dos compromissos assumidos" pelo Governo.

O Fundo alerta que, "na ausência de esforços de consolidação orçamental adicionais em 2015 e no médio prazo, o défice projetado deverá diferir dos compromissos orçamentais assumidos" pelo Governo, o que "põe em risco a credibilidade arduamente conseguida durante o programa".

No relatório sobre a primeira avaliação pós-programa, o FMI recomenda ao Governo que, "até que os esforços de consolidação estrutural estejam concluídos, as autoridades devem considerar adiar, na medida do possível, a reversão total das medidas temporárias relacionadas com os salários dos funcionários públicos e o pagamento de pensões".

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