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Ribeiro e Castro estranha silêncio sobre parceiro de governo do Syriza
O deputado do CDS Ribeiro e Castro manifestou-se hoje perplexo com o "silêncio" dos agentes políticos face à coligação de Governo feita pelo Syriza com os "Gregos Independentes", partido que disse já ter assumido posições antissemitas.
© DR
Política CDS
Ribeiro e Castro, ex-presidente do CDS, falava em plenário, na Assembleia da República, na sequência de uma intervenção do vice-presidente da bancada socialista Vieira da Silva, que se pronunciou sobre as consequências desfavoráveis do triunfo do Syriza (Esquerda radical) nas eleições gregas de domingo passado para a linha de austeridade económica e financeira seguida na União Europeia.
O ex-presidente do CDS referiu então a esse propósito que em 2000, quando o FPO (Partido da Liberdade da Áustria, então liderado pelo falecido Jorg Haider), fez uma coligação de Governo com os centristas austríacos "houve um escândalo em toda a União Europeia".
"Mas agora que o Syriza também fez uma coligação de Governo com um partido anti-emigração, que tem inclusivamente posições antissemitas, mas já ninguém se escandaliza. Está tudo em silêncio", apontou o deputado do CDS, numa intervenção feita em tom inflamado e que foi muito aplaudida pela bancada do PSD.
Ribeiro e Castro referiu-se ainda com humor à posição do PS sobre o triunfo do Syriza na Grécia e pôs muitos deputados a rirem-se quando antecipou que este partido grego poderá estar na origem de uma futura "VI Internacional Socialista".
"É estranho o PS congratular-se com o triunfo do Syriza, porque o PS devia perceber que o crescimento do Syriza foi feito à custa da destruição do PASOK (socialistas gregos). Este ano há eleições em Espanha e vamos então ver se o PS estará pelo PSOE ou pelo Podemos", comentou Ribeiro e Castro.
No entanto, na resposta, Vieira da Silva recusou que o PS se tenha congratulado com o triunfo do Syriza.
"O Syriza não é nem será da minha família política", afirmou o vice-presidente da bancada socialista.
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