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"Tenho de fazer contas à vida. Na política não se enriquece"

À saída da última reunião com o Presidente da República, no Palácio de Belém, Alberto João Jardim escusou-se, esta manhã, a confirmar se vai ou não assumir o lugar de deputado, dizendo apenas que tem de “fazer contas à vida” porque “na política não se enriquece e ter duas casas não é fácil”.

"Tenho de fazer contas à vida. Na política não se enriquece"
Notícias ao Minuto

11:35 - 27/01/15 por Goreti Pera

Política Alberto João Jardim

“Ainda não sei. Tenho de fazer contas à vida. Na política não se enriquece, pelo menos não se podia enriquecer. Ter duas casas não é fácil. Se bem que o dever de Estado não deve olhar a meios”, disse Alberto João Jardim aos jornalistas, quando questionado sobre a possibilidade de assumir o lugar de deputado na Assembleia da República.

“Não é só uma questão monetária. Se bem que o preconceito que existe quanto aos políticos é de tal ordem que daqui a dias vamos ter de pedir dinheiro emprestado para viver”, afirmou o ex-líder do PSD/Madeira, adiantando que tem de “pensar” no seu “futuro”.

“Até pode ser ficar em casa a brincar com os netos”, brincou, garantindo assim que “a decisão não está tomada”, até porque não conhece “a situação dos deputados”.

Em conferência de imprensa no final da última reunião com Cavaco Silva enquanto presidente do Governo Regional da Madeira, Jardim assumiu-se “um antiausteridade”, até por “coerência” com a sua vida. “Conforta-me ver o Syriza ganhar, só não me conforta o radicalismo deles. Em Portugal seria necessário aparecer um Syriza, mas um Syriza não radical”, adiantou.

No país, considerou Jardim, faz falta que “quem discorda das políticas de austeridade e que seja uma coisa credível apareça ao centro e diga: ‘Atenção, há aqui alternativas, mas nós não somos radicais’”.

“O homólogo do Syriza em Portugal é o Bloco de Esquerda. Eu não vejo os portugueses a votar no Bloco de Esquerda. Além disso, resta saber até que ponto os portugueses vão continuar a ir atrás do rotativismo dos partidos tradicionais, sem perceber que para sair de onde se está é preciso agir”, explicou.

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