Parlamento discute criação de sistema fiscal próprio da Madeira
A Assembleia da República discute quinta-feira uma proposta do parlamento da Madeira que visa a criação de um sistema fiscal próprio que dê mais competitividade ao arquipélago, permitindo "arrecadar receitas suficientes" e honrar a dívida pública da região.
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Política Deputados
A proposta, da autoria do deputado da maioria social-democrata na Assembleia Legislativa da Madeira Miguel Sousa, foi aprovada com os votos favoráveis do PSD e do CDS-PP e a abstenção dos restantes partidos da oposição -- PS, PCP, MPT, PAN, PTP e PND.
O diploma propõe que a Madeira possa "fixar um sistema fiscal de natureza similar e concorrencial com os das praças internacionais existentes em Malta, Chipre, Luxemburgo, Holanda (...), todos Estados membros da União Europeia, do mesmo modo que Portugal".
O documento traça "um novo instrumento de política financeira regional" e constitui "um conjunto de medidas gerais para vigorarem na Região Autónoma da Madeira" com aplicação "a todas as empresas, produções e indivíduos em pleno quadro chave de autonomia fiscal com as suas consequências políticas e financeiras".
Miguel de Sousa realçou que, com a aprovação do diploma, o parlamento madeirense fica na posse de um instrumento legal adequado a proporcionar um modelo que permitirá à Madeira "arrecadar as receitas fiscais suficientes" para a região, "não ter um défice orçamental como honrar a dívida pública", indicando que a receita poderá atingir os 2 mil milhões de euros.
A proposta fixa o IRC (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas) na Madeira em 12,5 por cento, 10 por cento para os primeiros dez mil euros "é de 10 por cento".
Entre outras vantagens, o diploma também prevê que "as empresas que criem postos de trabalho adequados e necessários à natureza da atividade desenvolvida" beneficiam de uma dedução à coleta do IRC.
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