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"Há uma esquerda que só pensa em vir para o Governo"

Rui Tavares ‘divorciou-se’ do Bloco de Esquerda e fundou o seu próprio movimento político. Livre de amarras que já não reconhecia como totalmente suas, o antigo bloquista abre o seu movimento a outras forças. A ideia? “Aumentar o arco constitucional, para que este se sobreponha ao arco governativo”, dá conta ao Público.

"Há uma esquerda que só pensa em vir para o Governo"
Notícias ao Minuto

13:19 - 25/01/15 por Notícias Ao Minuto

Política Rui Tavares

“Quem é do contra tem de saber acrescentar o como fazer”. A frase é de Rui Tavares, que este domingo surge em entrevista ao Público. O antigo deputado bloquista, líder do Livre, lança assim a conversa sobre a plataforma eleitoral que recebe, entre outros, o Fórum Manifesto, o Movimento 3D e a Refundação Comunistas.

Os movimentos reúnem-se no próximo dia 31 de janeiro para tentar fazer passar a sua primeira mensagem. Ou seja, é preciso “aumentar o arco constitucional, para que este se sobreponha ao arco governativo”, afirma Tavares, que diz ainda que nesta “passagem do contra ao fazer, assumimos as nossas responsabilidades”.

Para o antigo parlamentar, que conseguiu já nas últimas eleições um resultado expressivo, em Portugal “há uma esquerda que só pensa em vir para o Governo e outra que só pensa em não estar no Governo”, quase que explicando a razão do seu ‘divórcio’ com o Bloco de Esquerda.

Rui Tavares quer assim unir a esquerda e, por essa razão, considera “que todas as forças que têm assumido posições contra as políticas de austeridade se devem unir e encontrar uma governação alternativa”.

A mesma ideia é defendida por Ana Drago, que no ano passado também virou costas ao Bloco, para fundar o Manifesto. A ex-deputada refere agora que “participar num Governo não é tabu”, mas para que isso possa acontecer é necessário “encontrar compromissos sobre o que é fundamental”.

“É preciso que haja um mandato disponível para correr o risco. Não estamos em 1974, não se conquista facilmente o que for perdido agora em termos de Estado Social, de relações de solidariedade intergeracionais e de classe, de combate ao desemprego e de modelo de desenvolvimento”, defende.

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