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Beleza realça "independência" e "cultura de compromisso" de Cavaco

A conselheira de Estado Leonor Beleza, ex-ministra da Saúde de governos de Cavaco Silva, destacou "a independência", "o conhecimento profundo dos dossiês" e "a cultura de compromisso" no desempenho do Presidente da República.

Beleza realça "independência" e "cultura de compromisso" de Cavaco
Notícias ao Minuto

11:26 - 22/01/15 por Lusa

Política Declarações

Em entrevista à Agência Lusa, a um ano do fim dos dois mandatos do Chefe de Estado, a atual presidente da Fundação Champalimaud assegurou que Cavaco Silva "atua muitas vezes com grande discrição, nos bastidores", com prejuízo da sua própria "visibilidade".

"Representa todos os portugueses. É um Presidente cujo partido é o nosso país, os portugueses, Portugal. Não atua por dependência de qualquer força política. Não se deixa influenciar por aquilo que as pessoas gritam mais alto ou é moda. Atua, muitas vezes, com uma grande discrição, justamente em nome do interesse nacional, de certa maneira, até subvalorizando a visibilidade da sua atuação", afirmou, atestando a "independência" e "serenidade" do protagonista.

Confessando "respeito e admiração" pelo antigo governante, Beleza refere que o mesmo "conhece profundamente os dossiês".

"Posso testemunhar porque fui ministra da Saúde em dois governos. Vi de perto como dominava os assuntos, naturalmente aqueles em que é reconhecidamente perito, mas também os que eram relevantes para o exercício das funções", afirmou.

Segundo a jurista, há uma "terceira caraterística, muito importante e que as pessoas apreciam particularmente, embora seja difícil, na prática, ter muitos efeitos: a cultura de compromisso".

"O Presidente vem, de há muito tempo, falando de maneira muito clara e regular, em momentos particularmente importantes, na necessidade de que as forças políticas em Portugal se entendam em alguns assuntos particularmente importantes. Julgo que os portugueses também gostariam", continuou.

Para a ex-ministra e secretária de Estado, o entendimento entre partidos "também é muito importante do ponto de vista do prestígio interno e da capacidade de o país falar lá para fora", sobretudo "numa altura em que" se depende "de parceiros exteriores".

"O Presidente tem insistido, às vezes de uma forma obsessiva - talvez até saberá que as pessoas não o vão ouvir -, mas é importante ir dizendo que algum compromisso tem de existir e que os interesses dos portugueses estão profundamente ligados à existência desse compromisso", defendeu.

Relativamente à possibilidade de vir a haver real convergência política entre diversas forças políticas em questões fundamentais, Beleza reconheceu a dificuldade.

"Estamos num ano em que sabemos que os compromissos são ainda mais complicados porque estamos à beira de eleições. As nossas forças políticas já tendem a divergir um bocado mais do que poderá fazer sentido, mas também sabemos que, em ano eleitoral, isso é particularmente decisivo. Estamos a sair de um período muito difícil, que não está completamente ultrapassado e, portanto, continua a fazer sentido um cuidado muito grande em questões que têm a ver com o nosso prestígio externo", alertou.

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