Seis candidatos disputam cadeira que Jardim ocupa há 40 anos
Mais de 7.000 militantes do PSD/Madeira escolhem na sexta-feira em eleições internas o sucessor do seu líder de quase quatro décadas, Alberto João Jardim, numa corrida disputada por seis candidatos.
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Política Sexta-feira
Miguel Albuquerque, o ex-autarca da câmara do Funchal, que, em 2012, foi o único que ao longo destes anos ousou disputar com Jardim umas eleições, das quais saiu derrotado por cerca de uma centena de votos, é tido como o mais bem posicionado neste ato eleitoral, de acordo com sondagens publicadas na Região.
Manuel António Correia, Miguel de Sousa, João Cunha e Silva, Sérgio Marques e Jaime Ramos são os outros candidatos nestas eleições, colocando-se o cenário de uma a segunda volta a 29 de dezembro. O congresso regional está agendado para 10 de janeiro.
Destes seis candidatos, quatro têm licenciatura em Direito (Miguel Albuquerque, João Cunha e Silva, Manuel António Correia e Sérgio Marques), um em Finanças (Miguel Sousa) e outro tem o 9.º ano de escolaridade (Jaime Ramos).
Miguel Albuquerque (53 anos) foi durante vários anos o presidente da principal autarquia da Madeira, sendo também conhecida a sua paixão pela escrita, a música e as rosas.
Manuel António Correia (49 anos) desde 2000 é o secretário do Ambiente e Recursos Naturais do executivo insular e tem como um dos adversários nesta corrida, o seu colega de governo e vice-presidente, João Cunha e Silva (58 anos).
Outro candidato é o gestor de um grupo cervejeiro da região e vice-presidente do parlamento regional, Miguel de Sousa (61 anos), que também foi o número dois do executivo madeirense (1988-1992) chefiado por Jardim.
Já Sérgio Marques (57 anos), que tem igualmente experiência governativa, desempenhou funções no executivo insular como diretor regional do Planeamento e foi eurodeputado entre 1999 e 2009.
Quanto a Jaime Ramos (67 anos), é um empresário da construção civil, dirigente da associação do setor na região, e há várias décadas que é secretário-geral e líder parlamentar do PSD/Madeira.
Alberto João Jardim já anunciou que pretende apresentar a sua demissão do cargo ao representante da República, a 12 de janeiro, e quase todos os candidatos defendem a realização de eleições legislativas regionais antecipadas.
Terça-feira, num ato público, Jardim afirmou "estar convencido de que não vai ser fácil" o novo líder do PSD/M ser escolhido "à primeira volta".
"São muitos candidatos [seis], de maneira que estou convencido de que vai dar uma segunda volta", apontou Jardim, assegurando que o partido é "responsável" e "uma vez encontrado o líder, acabou o forrobodó. A não ser que o líder não meta o partido na ordem".
Mas, no dia seguinte, o líder insular admitiu participar, como militante, se houver essa segunda volta nas eleições internas do PSD/M.
"Como veem, eu tenho estado calmo em relação a esta primeira volta, só respondo quando se metem comigo mas, se for preciso arregaçar as mangas para a segunda volta, eu sou militante do partido e tenho o mesmo direito que os outros", disse.
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