Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 12º MÁX 24º

Passos deixa CDS às 'aranhas' com indecisão sobre coligação

Durante esta semana, o primeiro-ministro revelou não precisar do CDS para ganhar eleições, mas para os centristas esta declaração é "equívoca" e pode ser interpretada como apoio "ou no sentido contrário". O Diário de Notícias dá conta de que Pedro Passos Coelho ainda não terá tomado a decisão e espera por dados de 2015.

Passos deixa CDS às 'aranhas' com indecisão sobre coligação
Notícias ao Minuto

08:12 - 18/12/14 por Notícias Ao Minuto

Política Legislativas

As palavras de Pedro Passos Coelho, de que não precisa do CDS para ganhar eleições, não afetou os centristas, que dizem que “como discurso público está muito correto e faz todo o sentido. Até o interpretamos como um sinal de apoio à coligação. De facto, é na maioria absoluta que a coligação faz mais sentido”, conta uma fonte do núcleo de Paulo Portas ao Diário de Notícias.

Os adiamentos de Passos Coelho sobre um anúncio quanto à continuidade ou não da coligação podem, porém, prejudicar os dois partidos. “A declaração de Passos Coelho é equívoca, pode ser interpretada como apoio à coligação ou no sentido contrário. Tudo depende da expetativa eleitoral que ele tenha, se de obter uma maioria absoluta, uma simples vitória ou uma derrota. Só Passos poderá dar essa resposta, e é certo que já a tem na sua cabeça”, refere um dirigente centrista.

“Quanto mais o tempo passa, mais o CDS perde a sua capacidade de negociação e a capacidade de valorizar os seus temas de campanha”, comenta um membro do Conselho Nacional centrista ao Diário de Notícias.

Ainda sobre esta questão, o eurodeputado Nuno Melo afirma que a coligação deve ser resolvida o mais rápido possível. “Quanto mais cedo se decida a coligação com o PSD pior para o PS”.

Já o líder da bancada parlamentar, Nuno Magalhães, adianta que enquanto não houver acordo “o CDS procurará a sua própria agenda de futuro e depois, dependendo da circunstância política” será “o próprio programa eleitoral ou o contributo para o do PSD”.

Mas ao que parece o primeiro-ministro ainda não tomou uma decisão sobre a coligação pré-eleitoral com o CDS. Pedro Passos Coelho deverá adiar a decisão até ao início do primeiro trimestre de 2015.

Relativamente às palavras do primeiro-ministro de só haver coligação pré-eleitoral “se for para obter uma maioria absoluta”, o vice-presidente Carlos Carreiras indica que os dois partidos “não se podem prejudicar para se coligarem”. “Claro que vai haver [coligação]”, respondeu e acrescentou que “cada partido tem os seus interesses”. “Haverá tempo para o fazer. Temos de estar concentrados em obter bons resultados governativos”, conclui.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório