"Queremos e vamos vencer renovando a maioria absoluta"
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmou hoje esperar que as eleições legislativas de 2015 resultem na renovação da maioria absoluta que a atual coligação com o CDS-PP tem no parlamento.
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Política Luís Montenegro
Durante um convívio de Natal da bancada social-democrata, na Assembleia da República, na presença do presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, Luís Montenegro referiu-se às próximas legislativas declarando: "Queremos e vamos vencer, renovando a maioria absoluta que esta coligação tem no parlamento para não desperdiçarmos tudo aquilo que fizemos até hoje".
Na sua intervenção, a propósito do elogio que o secretário-geral do PS, António Costa, fez na terça-feira à liderança de Mário Soares no Governo do Bloco Central, o líder parlamentar do PSD referiu que, nessa altura, o então primeiro-ministro afirmou que "a austeridade era condição para a esperança" e considerou que a direção socialista devia inspirar-se nisso.
Por outro lado, Luís Montenegro subscreveu a intenção anunciada pelo primeiro-ministro de "lançar mão de todos os instrumentos que tem disponíveis" para que a greve convocada na TAP para o final deste mês "possa não ter um efeito tão prejudicial à vida de tanta gente", em especial "à mobilidade do povo português, numa altura em que a família portuguesa se reencontra".
O líder parlamentar do PSD alegou que agora "os portugueses sentem o efeito positivo e os resultados das políticas de transformação" aplicadas pela atual coligação e elogiou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerando que tem feito os deputados sociais-democratas sentirem-se "sempre inspirados" no seu trabalho.
Em seguida, Passos Coelho considerou que, para conquistar a confiança dos portugueses, é preciso uma atitude humilde: "Ter a humildade de ir ao seu encontro, de explicar as nossas ideias, de mostrar os nossos resultados e de os confrontar com o que teria acontecido em Portugal se porventura o caminho tivesse sido hoje, ou se outra tivesse sido a estratégia seguida pelo Governo e pela maioria que o suporta".
No que respeita às palavras de António Costa sobre os tempos do Bloco Central, o líder parlamentar do PSD começou por comentar: "Ficámos a saber que o modelo de governação, ou de mobilização, ou seja lá o que for, que o novo secretário-geral do PS vê e propugna para Portugal é aquele que está representado na liderança do Governo do doutor Mário Soares nos anos 80".
O líder parlamentar acrescentou que esse "será seguramente um tempo muito útil para o PS aprender e apreender" sobre o que significa governar condicionado por um programa de resgate.
Condenando o comportamento do PS na atual legislatura, o social-democrata mencionou que nessa altura, entre 1983 e 1985, "o principal partido da oposição", o PSD, "decidiu ajudar Portugal, colaborando mesmo ao nível do Governo".
Depois, referiu que "na discussão do Orçamento do Estado, em 1984, o doutor Mário Soares dizia que a austeridade era a condição para a esperança".
"Que esta inspiração, este olhar frequente que o PS faz para o passado possa inspirar o PS a perceber tudo aquilo que envolve a luta que o país e os portugueses têm de travar todos os dias para recuperar Portugal da situação que o próprio PS nos deixou", concluiu.
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