Todas as atenções estiveram esta semana centradas no Parlamento, onde Ricardo Salgado se sentou no 'banco dos réus' da Comissão Parlamentar de Inquérito para contar aos deputados a sua versão da história da queda do Grupo Espírito Santo e BES.
Após longas horas de justificações, muitas dúvidas ficaram no ar sobre a veracidade das suas afirmações até porque logo a seguir o presidente do BESI, o primo José Maria Ricciardi, o presidente da Semapa Pedro Queiroz Pereira e o ex-CFO e administrador do BES, Amílcar Morais Pires, vieram desmentir tudo o que o ex-presidente do BES havia dito, atribuindo-lhe todas as culpas do sucedido.
Todos estão contra Salgado, sustenta o semanário Sol, e até o seu antigo braço direito, Amílcar Morais Pires, se descartou de qualquer acusação referindo que não tinha qualquer responsabilidade em pelouros importantes do banco.
Face a isto, os grupos parlamentares só vêm uma solução: a acareação. Trata-se de uma técnica utilizada nos tribunais em que se coloca frente-a-frente duas ou mais testemunhas quando há discordância nos seus testemunhos.
A optar-se por esta decisão, esta não se realizará no curto prazo, porque ainda falta ouvir muitas pessoas, mas é certo que Bloco de Esquerda, CDS e PS já deram a sua aprovação para que esta venha a acontecer.