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"Não aceitaremos novas medidas de austeridade"

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda afirmou hoje que o BE não aceitará mais medidas de austeridade para manter o défice abaixo dos 3%, considerando que a política do Governo e a da Comissão Europeia falharam.

"Não aceitaremos novas medidas de austeridade"
Notícias ao Minuto

13:42 - 28/11/14 por Lusa

Política Pedro Filipe Soares

"Nós não aceitaremos novas medidas de austeridade. A austeridade falhou nos objetivos do cumprimento défice todos os anos e não tínhamos nenhuma perspetiva que fosse diferente em 2015", afirmou Pedro Filipe Soares, em declarações aos jornalistas no parlamento.

O deputado considerou que o parecer da Comissão Europeia que alerta para o "risco de incumprimento" do objetivo do défice abaixo dos 3% em 2015 parece "colocar pressão sobre Portugal" para que adote mais medidas de austeridade, insistindo numa "receita que falhou".

"Não aceitamos ser governados por engravatados que, do exterior, não têm qualquer sensibilidade social e que sabem que as suas benesses são garantidas", afirmou, defendendo que só uma aposta no investimento público é capaz de criar emprego e equilibrar as contas públicas.

A Comissão Europeia alertou hoje que Orçamento do Estado português para 2015 "está em risco de incumprimento" do Procedimento de Défices Excessivos, em particular, de não cumprir a recomendação de alcançar um défice inferior a 3% do PIB.

No parecer, Bruxelas "convida as autoridades [portuguesas] a tomar as medidas necessárias dentro do processo orçamental nacional para assegurar que o orçamento de 2015 vai estar de acordo com o Procedimento dos Défices Excessivos", ou seja, que o défice orçamental fica abaixo dos 3% no próximo ano.

O deputado referiu-se ainda aos dados do INE que mostram um crescimento de 1,1 por cento no terceiro trimestre em termos homólogos, afirmando que "é uma estatística desligada da realidade".

Por outro lado, sublinhou, "o desemprego aumentou e é cada vez mais precário, com trabalhos ao dia, à jorna e com redução clara e inequívoca de salários".

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