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Moção de censura à 'Comissão Juncker' é votada hoje

O Parlamento Europeu deverá rejeitar hoje a moção de censura à 'Comissão Juncker', após o escândalo dos acordos fiscais secretos entre o Luxemburgo e multinacionais, com todos os eurodeputados portugueses a votarem contra ou a absterem-se.

Moção de censura à 'Comissão Juncker' é votada hoje
Notícias ao Minuto

10:50 - 27/11/14 por Lusa

Política Estrasburgo

Na segunda-feira, no debate na sessão plenária da moção de censura, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, que era primeiro-ministro do Luxemburgo no tempo em que foram feitos os acordos com mais de 300 multinacionais que assim pouparam muitos milhões em impostos noutros países, garantiu que, apesar do que se passou, não é "o amigo do grande capital".

"Toda a gente riu nos andares superiores das grandes multinacionais europeias quando fui acusado disso", afirmou Juncker, que esta quinta-feira deverá ver fracassada a moção de censura à sua equipa apresentada pelos eurocéticos e pela direita populista.

Tanto o Partido Popular Europeu como os Socialistas europeus, os dois maiores grupos parlamentares, vão recusar a moção de censura e mesmo entre os eurodeputados portugueses não deverá haver um único voto a favor, segundo os depoimentos recolhidos pela Lusa.

Os eurodeputados do PSD e PS votarão contra. Já os deputados do PCP e do Bloco de Esquerda - que censuram Juncker - recusarão aliar-se a uma iniciativa da direita e que, dizem, mais do que censurar as práticas faz um aproveitamento político deste caso.

Quando o escândalo 'Lux Leaks' rebentou, poucos dias depois de Juncker ter tomado posse como presidente da Comissão, o Grupo da Esquerda Unitária - que integra PCP e Bloco de Esquerda - lançou-se numa recolha de apoios com vista à moção de censura.

No entanto, foi o grupo Liberdade e Democracia, do eurocético britânico Nigel Farage, que conseguiu as 76 assinaturas necessárias à moção de censura junto de deputados da extrema-direita não inscritos, como Marine Le Pen.

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