"Costa vai ter sempre o tema da corrupção como obstáculo"
Luís de Sousa, presidente da Transparência e Integridade, diz não ter ficado surpreendido pela detenção de José Sócrates, porque já havia uma “série de episódios anteriores ligados ao nome do ex-primeiro-ministro que colocam algumas dúvidas no seu modo de estar na política” e adianta que “Costa vai ter sempre o tema da corrupção como obstáculo”.
© Reuters
Política Luís de Sousa
Em declarações ao Público, o politólogo Luís de Sousa, presidente da Transparência e Integridade, representante português da organização de combate à corrupção Transparência Internacional, considera que “António Costa vai ter sempre o tema da corrupção como obstáculo”.
Na mesma conversa, acrescenta o politólogo que a sobrecarga do juiz Carlos Alexandre, que acumula vários processos de grande envergadura é preocupante, e que a detenção de um ex-governante “traz mais descrédito ao funcionamento da democracia”.
Sobre os crimes de que Sócrates está indiciado, Luís de Sousa faz uma leitura do Código Penal para afirmar que este poderá estar relacionado com um momento em que o antigo primeiro-ministro ainda estava no cargo.
“A fraude fiscal pode ser uma coisa individual, branqueamento também (…) o único que tem a ver com o exercício de funções é a corrupção, porque significa obviamente compra de uma decisão. Mas isso é o que está escrito no Código Penal: o crime de corrupção é um crime de exercício de funções, é um crime de poder”, rematou.
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