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Monteiro critica "aproveitamento" da detenção de Sócrates

O ex-procurador-geral da República Pinto Monteiro considerou hoje, referindo-se à detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates, que está a ser feito um "aproveitamento político de um caso jurídico", que "prejudica o PS".

Monteiro critica "aproveitamento" da detenção de Sócrates
Notícias ao Minuto

21:16 - 24/11/14 por Lusa

Política Sócrates

Em entrevista à RTP, Pinto Monteiro considerou que a justiça "pode correr esse risco, de ser politizada", mas distinguiu "a pressão da imprensa" do comportamento dos "bons magistrados" que conduzem o caso.

José Sócrates foi detido na sexta-feira à noite, no aeroporto de Lisboa, e começou a ser interrogado pelo juiz Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Investigação Criminal, no domingo, aguardando-se para hoje a divulgação das medidas de coação a quem será sujeito.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o ex-primeiro-ministro está a ser investigado por suspeitas de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.

Na entrevista de hoje à RTP, Pinto Monteiro não se furtou a fornecer detalhes sobre o almoço que teve com José Sócrates na passada terça-feira, três dias antes de o ex-primeiro-ministro socialista ser detido no aeroporto de Lisboa.

"Nunca tinha almoçado com ele a sós", disse Pinto Monteiro, adiantando que conversou com Sócrates sobre "livros" e sobre o ex-presidente brasileiro Lula da Silva e que o ex-governante não referiu a viagem que faria depois até Paris, capital francesa onde tinha residência há dois anos.

"Nunca me perguntou por nada de justiça", frisou, garantindo que ignorava "que havia um processo contra José Sócrates".

Durante o almoço num restaurante de Lisboa, que durou "uma hora e pouco", ambos mantiveram "uma conversa completamente inocente", resumiu Pinto Monteiro, dizendo ainda que não ficaram numa sala resguardada, como foi noticiado.

"Só o almoço é verdade, o resto é ficção", insistiu, acrescentando que não o surpreenderia se o seu telefone tivesse estado sob escuta.

"A quem está na justiça já nada surpreende", reconheceu. "Não tenho nada contra as escutas, desde que não sejam fornecidas a jornais", precisou.

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