Os Verdes condenam "dramática insistência" na austeridade
O partido Os Verdes condenaram hoje a "dramática insistência" pela austeridade do Orçamento do Estado (OE) para 2015, atacando também o que dizem ser uma "fiscalidade laranja" destinada a obter 165 milhões de euros em taxas e impostos.
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Política Parlamento
No encerramento do debate na generalidade do OE para 2015, na Assembleia da República, a deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia defendeu que este documento prossegue as promessas do Governo segundo as quais o ano seguinte "é sempre um ano de viragem".
"Começa e termina ao mandato a dizer viragem que nunca chega", afirmou, criticando a "dramática insistência por uma dramática austeridade" num OE que prossegue uma "injusta repartição da riqueza".
Heloísa Apolónia referiu-se ainda às propostas da designada "fiscalidade verde", recusando usa "o adjetivo verde para um pacote fiscal que tem como objetivo sacar 165 milhões de euros brutos em impostos e taxas à população".
Para Os Verdes, "o Governo vai cavando sistematicamente um buraco que impede qualquer lógica de robustez económica e de diminuição das desigualdades e o Orçamento do Estado para 2015 cava mais esse buraco".
Heloísa Apolónia argumentou que isso resulta de uma opção do executivo e não de qualquer inevitabilidade, apontando para a necessidade de descer os impostos que "folgassem a vida das pessoas e dinamizassem o mercado interno", como descer IRS ou o IVA, sendo que este último, frisou, beneficiaria também as micro, pequenas e médias empresas.
"Mas a opção do Governo foi descer impostos e manter benefícios para os grandes grupos económicos", acusou, referindo-se nomeadamente à segunda baixa consecutiva do IRC do OE para 2015.
Segundo Heloísa Apolónia, "só a EDP, pode beneficiar num só ano de 40 milhões e de euros com esta benesse".
Os Verdes encontram neste orçamento mais um instrumento para o objetivo do Governo de "habituar o povo a uma dose de pobreza necessária para assegurar ricos banqueiros e acionistas".
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