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"Se na altura me tivessem ouvido talvez o país não estivesse assim"

Na antena da TVI24, a antiga líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, falou hoje sobre o facto de as suas críticas ao Governo terem servido de argumento ao PS, durante o debate sobre o Orçamento do Estado, que contou com a presença de Passos Coelho.

"Se na altura me tivessem ouvido talvez o país não estivesse assim"
Notícias ao Minuto

22:57 - 30/10/14 por Pedro Filipe Pina

Política Manuela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite comentou no seu espaço de opinião semanal na TVI24 o facto de ter sido hoje assunto no debate sobre o Orçamento de Estado. Ferro Rodrigues, líder parlamentar do PS, interpelou a dada altura Passos Coelho para lhe dizer que tinha “muito a aprender com Manuela Ferreira Leite”, a qual tem criticado muitas das medidas do Executivo.

Falando sobre o assunto, a antiga líder do PSD confessou-se surpreendida com o facto, criticando duramente a situação: “uma das coisas que mais me incomodam em política é o oportunismo”, disse sobre o facto de ter servido de ‘arma de arremesso’ por parte da oposição.

“Durante anos fui uma feroz opositora do PS e nunca me ouviram”, relembrou a social-democrata, referindo-se ao seu período na oposição durante o Governo de Sócrates. E acrescentou: “se nessa altura me tivessem ouvido talvez o país não estivesse como está”, salientando que na altura “desprezavam” o que dizia.

Para Manuela Ferreira Leite, houve “investimentos quando se percebia que o país não tinha capacidade para pagar”. Ainda assim, no que à memória diz respeito, e embora não referindo nomes, Manuela Ferreira Leite não esquece que no PSD de então houve também quem considerasse que as suas ideias eram “aselhice política”. Houve na altura críticas e “silêncios” no seio do PSD sobre as suas ideias. “Queriam ouvir o que o PS tinha a dizer ao Governo e não que a Manuela Ferreira Leite disse ao Governo”, diz.

Embora reconhecendo que o facto de ter sido líder do PSD dê outro impacto quando o alvo das críticas é precisamente o seu partido, a ex-ministra das Finanças confessa que esta atitude se trata de um aspeto “negativo da política”.

“O preço de se ser coerente e de dizer o que se pensa”, referiu, acaba por ser o facto de haver vezes em que não concorda com a posição do seu próprio partido. Para a social-democrata, no entanto, é uma questão de coerência e “liberdade”.

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