Primeiro-ministro contesta ideia de que "despesa não caiu"
Pedro Passos Coelho contestou hoje a ideia que disse estar a ser veiculada "pelos que informam" de que a despesa pública "está igual a 2011", afirmando que, ao contrário, "desceu e continua a descer".
© Lusa
Política Passos
"Se ouvirmos as televisões, se lermos os jornais, os cortes não existiram, os sacrifícios e austeridade não existiram, os portugueses estão equivocados, estamos como estávamos em 2011", criticou, no seu discurso de encerramento das jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP.
Passos Coelho, bastante aplaudido pelos deputados, sustentou que mesmo descontando o peso dos juros da dívida e dos efeitos dos cortes salariais, a "despesa desceu e continua a descer".
"Reduzimos a despesa pública de forma sensível. Não reduzimos mais pelas restrições de natureza jurídico-constitucional conhecidas", frisou.
O primeiro-ministro assinalou que, apesar disso, "imensa gente escreveu e anunciou publicamente que não era assim" que "estamos como estávamos em 2011, a despesa não mexeu".
"Chega a ser patético verificar a dificuldade que gente que se diz independente tem em assumir que errou, que foi preguiçosa, que não leu, que não comparou, que não se interessou a não ser de causar uma boa impressão, como `maria vai com as outras´ e de dizer o que toda a gente diz porque fica bem", acusou.
Segundo Pedro Passos Coelho, "quando o governo erra exige-se que peça desculpa e dê a mão à palmatória" e isso "já aconteceu" porque "não há ninguém que não cometa erros".
"Mas se podemos reconhecer os erros e pedir desculpa por isso, porque é que aqueles que todos os dias informam os portugueses e informam mal não hão-de dar a mão à palmatória e não hão-de pedir desculpa e não hão-de dar aos portugueses um direito a que eles têm que é o de ter informação isenta e rigorosa?", criticou.
O primeiro-ministro aludiu ainda às eleições legislativas de 2015, afirmando que "à medida que se aproxima o fim do mandato há gente, fora da maioria, que fica ansiosa" e afirmou esperar que o tempo que medeia até às eleições "seja de rigor".
"Que seja um tempo de rigor, na forma como executamos o orçamento, na maneira como expomos aos portugueses as nossas dificuldades, as nossas esperanças e na maneira como vai ser prestada informação aos portugueses que hão-de decidir", disse, reiterando que falta um ano para isso acontecer.
Passos Coelho sublinhou ainda que o Orçamento do Estado para 22015 mostra que se o Governo não tivesse "nas costas" o peso de "um 'stock' da dívida imenso" conseguiria, pelo segundo ano consecutivo "ter um excedente orçamental".
"Coisa inédita na história da democracia. Para o ano o excedente será superior a 2%", sublinhou.
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