Declarações de Machete não causaram "incómodo" a Passos
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse hoje desconhecer qualquer incómodo no seio do Governo com as recentes declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros sobre o Estado Islâmico e garantiu que, pessoalmente, não tem "nenhum problema" com as mesmas.
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Política Polémica
"Não tenho conhecimento de nenhum incómodo dentro do Governo com as declarações do senhor ministro dos Negócios Estrangeiros e, tendo lido algumas manchetes e algumas notícias também que davam conta disso, tive o cuidado de ir ver as declarações que o senhor ministro fez, e a mim não me causaram nenhum incómodo", afirmou, em Bruxelas, no final de um Conselho Europeu.
"A única coisa que posso dizer é que acho que a própria explicação que foi dada à comunicação social pelo ministro dos Negócios Estrangeiros me satisfaz plenamente. Não tenho nenhum problema com aquilo que disse" Rui Machete, completou o chefe de Governo.
Na sua edição de hoje o DN revela que no Conselho de Ministros de quinta-feira o caso chegou a provocar momentos de grande tensão entre ministros, tendo o ministro da Administração Interna considerado "inaceitáveis" as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros.
"Não vou fazer nenhum comentário sobre essa matéria. A única coisa que quero dizer é que a notícia que hoje veio a público sobre essa matéria, nos termos em que veio a público, não tem qualquer adesão com aquilo que, alegadamente, se terá passado", frisou hoje Miguel Macedo.
Rui Machete enviou ao DN uma carta negando que tenha divulgado qualquer "informação secreta" e recusando ter revelado "qualquer pormenor que permita identificar pessoas concretas" na sua entrevista à Rádio Renascença.
O ministro dos Negócios Estrangeiros fez declarações, na referida entrevista, sobre portugueses envolvidos no autointitulado Estado Islâmico que quererão regressar a Portugal. Segundo o DN de quinta-feira, estas declarações corresponderão a "informação secreta".
O PS pediu na quinta-feira a audição, à porta fechada, do chefe da diplomacia portuguesa no parlamento, por considerar "irresponsáveis" as declarações do titular da pasta dos Negócios Estrangeiros e diz que se poderá estar perante um caso de divulgação de informação sigilosa.
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