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Vitória de Costa está na origem da "guerra civil" entre PSD e CDS

Em comentário no Telejornal da RTP, José Sócrates afirmou que as desavenças protagonizadas entre o PSD e o CDS, no que diz respeito à renovação da coligação entre os dois partidos, é o resultado da vitória de António Costa nas eleições primárias do PS. O ex-primeiro-ministro acredita que o Governo sabe que existe uma grande probabilidade de perder as eleições do próximo ano e que é por isso que vive agora em tensão.

Vitória de Costa está na origem da "guerra civil" entre PSD e CDS
Notícias ao Minuto

21:57 - 05/10/14 por Andrea Pinto

Política Sócrates

Para José Sócrates, a vitória de António Costa nas eleições primárias do PS conferiu ao partido não só um novo líder, mas todo um quadro de uma liderança completamente diferente, que já está a pôr em alerta "tanto os partidos de esquerda como os de direita".

Segundo o ex-líder socialista, António Costa “recolocou o PS no centro do quadro político e deu-lhe uma liderança”, que vai contribuir para que o partido suba “nas sondagens e aprofunde a distância entre o PS e a direita”. Por isso, defende, a reação do Governo “foi de aflição e de ataque”, para tentar a todo o custo “diminuir António Costa”.

Confiante de que o novo líder ‘rosa’ vai mudar o panorama político nacional, o ex-primeiro ministro afirmou, ainda, que Costa “fez despoletar as crises existentes tanto na esquerda como na direita”. Exemplo disso é o facto de a liderança do Bloco de Esquerda ter sido posta em causa por Pedro Filipe Soares, que se candidatou à liderança do partido, e o facto de existir uma enorme tensão à direita entre CDS e PSD.

“Houve uma guerra civil. Há uma tensão que se vê em todos os jornais. E não é o IRS que esta em causa, são as eleições. Com a vitória do António Costa os dois partidos sabem que têm o seu lugar em risco e estão todos a tentar safar-se”, afirmou Sócrates, deixando duras criticas a Paulo Portas.

“Portas faz isto a todos. Está a tentar passar a imagem de que é a face boa da coligação e que os outros é que são os marotos. Portas quer a sua flor na lapela”, disse, defendendo que a redução da taxa de IRS deveria ser discutida em Conselho de Ministros antes de se tornar pública.

Apesar disso, acredita que não haverá rotura entre PSD e CDS, porque se isso acontecer os dois partidos irão perder mais eleitores. “Isso é a única coisa que os une”, atira, referindo que continuaremos a viver num “período de pântano e indecisão enquanto o Governo não tiver capacidade para se unir”.

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