Sem nova coligação, PSD e CDS "suicidam-se em praça pública"
Marques Mendes, no seu comentário semanal no Jornal da Noite, na SIC, afirmou que a divergência de opiniões entre o PSD e CDS sobre a sobretaxa de IRS não vai pôr em causa uma renovação da coligação do Governo, a qual deve acontecer o mais rapidamente possível, caso Passos e Portas não queiram abrir caminho a uma vitória fácil de António Costa.
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Política Marques Mendes
A redução da sobretaxa de IRS tem colocado PSD e CDS um contra o outro. Mas será que este desentendimento pode colocar em causa a coligação? Marques Mendes, não tem dúvidas: “não, não vai haver nenhuma crise política”.
Em comentário no Jornal da Noite, na SIC, o social-democrata confirmou que existe “um mau estar entre o CDS e o PSD”, fruto da opinião dos dois partidos relativamente à redução da taxa de IRS: Portas é a favor de uma redução, mas Passos tem-se mostrado reticente em avançar com a medida.
No entanto, questionado se esta divergência de opiniões pode resultar numa rutura entre os dois partidos, Marques Mendes responde “categoricamente, que não”. E explica porquê.
“O CDS não quer repetir a crise do ano passado. E o PSD não quer perder a imagem de credibilidade que conseguiu. Os dois partidos percebem que se se desentenderem são corridos pelo eleitorado. E levam uma sova monumental dos portugueses que irão dar uma vitória ao Costa”, afirma.
O político aconselha, por isso, os dois partidos a renovarem a coligação o mais rapidamente possível, pois se não o fizerem estão “a suicidar-se em direto e em praça pública, porque os dois em separado é o mesmo que o António Costa ter um passeio triunfal até às eleições”.
Para Marques Mendes, a par da coligação, o Governo deve considerar a redução da sobretaxa do IRS a bem “do interesse nacional” até porque este serviria motivação às pessoas, sobretudo à classe média, que tem sido a mais afetada pelas medidas de austeridade.
Questionado sobre uma eventual remodelação no Governo, embora seja defensor que isso deva acontecer, o advogado diz não acreditar que Passos Coelho proceda a qualquer alteração no seu executivo.
“Passos não vai fazer nenhuma remodelação. […] O que é um erro porque há mutos ministros e secretários de Estado cansados e porque se esta a gerar a ideia de que este Governo se esgotou com a troika”, afirmou, defendendo que “um novo ciclo precisa de novas caras e atitudes”.
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