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PS "substituiu as caras", mas não apresentou política alternativa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que os responsáveis pela atual situação no país "substituíram caras", puseram o "conta-quilómetros a zero", numa operação de "recauchutagem", mas não apresentaram uma política alternativa.

PS "substituiu as caras", mas não apresentou política alternativa
Notícias ao Minuto

20:14 - 30/09/14 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

O líder comunista, que falava na inauguração do novo centro de trabalho do PCP no Funchal, considerou necessário "dar combate às mistificações dos responsáveis desta situação [do país] que governaram à vez ou juntos e se preparam para, substituindo caras, prosseguir a mesma política, pôr o conta-quilómetros a zero e apresentarem-se aos portugueses como impolutos e prontos para recomeçar de novo o que é velho e recauchutado".

Jerónimo de Sousa censurou também o "governo central que ensaia manobras de propaganda, fala de sinais de recuperação para aqui e para acolá, escamoteando a realidade, o desemprego, a pobreza, as injustiças, o endividamento".

À margem da cerimónia, quando questionado pelos jornalistas sobre o que classificou de "substituição de caras" no Partido Socialista, o dirigente nacional do PCP opinou que "nesta questão interna do PS, uma coisa não ficou clara, que é a política alternativa, a mudança".

"Sim ou não: preparam-se para manter o rotativismo e a alternância e não uma verdadeira alternativa que passa pela clarificação sobre o que pensam sobre a política económica e da União Europeia, os grandes problemas e os estrangulamentos que hoje estão tão vivos na sociedade portuguesa", argumentou.

Para Jerónimo de Sousa, continua a haver "um grande ponto de interrogação". "Mudou--se as caras, mas não encontramos, não vislumbramos durante este processo essa defesa de uma política alternativa necessária para o país", vincou.

Quando discursou na inauguração da nova sede, o secretário-geral do PCP realçou que com o novo espaço o partido na região "passa a ter uma casa própria sem sujeição" a outros poderes, seja o Estado, a banca, ou o económico ou empresarial.

O responsável corroborou que a "nova casa será paga sem favores", apenas com as contribuições dos militantes e simpatizantes do partido.

Segundo o líder comunista, as novas instalações vão também dar "mais força ao PCP para lutar pela rutura com esta política que está a conduzir o país e a região para o desastre, lutando pela demissão do governo, mas também pela derrota da política de direita, edificando a política alternativa, patriótica e de esquerda".

Por seu turno, o coordenador regional, Edgar Silva, anunciou uma campanha de fundos para concretizar os objetivos ambiciosos dos comunistas madeirenses, "rejeitando benesses".

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