Recolocar a economia na trajectória do crescimento é o principal objectivo do conjunto de ideias apostoladas pelo movimento ‘Plataforma para o Crescimento’ que, por sinal, é liderada pelo primeiro vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva. Não obstante a iniciativa apresenta-se como um movimento não partidário, que pretende pensar propostas para o desenvolvimento de Portugal, partindo da premissa de que “a consolidação orçamental, sendo necessária, não é condição suficiente para o crescimento”.
Acelerar o processo do abandono progressivo do modelo que prevê um acesso universal aos principais serviços públicos por forma a torna-los cada vez mais financiados por quem os utiliza é uma das bandeiras de estandarte do movimento, que recomenda assim “a fiscalidade bilateral em serviços como a saúde educação, rede de estradas e acesso às cidades”, e, por conseguinte, “um desagravamento fiscal correspondente”, pode ler-se no documento que dá pelo nome de ‘Um crescimento sustentável – Uma visão pós-troika’, citado pelo Jornal de Negócios.
Outra das recomendações mais emblemáticas do mesmo relatório assenta na substituição da sobretaxa sobre o IRS por uma taxa sobre o consumo de CO2, que, nas contas da Plataforma, conseguiria um encaixe fiscal idêntico, transferindo o peso da carga fiscal sobre o trabalho para o campo ambiental, promovendo assim o cuidado com o ambiente junto das pessoas e das empresas.