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"A palavra de um cobarde anónimo vale mais do que a de Passos"

Um dos vice-presidentes da bancada parlamentar do PSD, José Matos Correia, em entrevista ao Diário de Notícias veio falar sobre todas as controvérsias em torno do caso Tecnoforma, onde considerou que já foi tudo esclarecido pelo primeiro-ministro, Passos Coelho e apoia que este não revele informações bancárias.

"A palavra de um cobarde anónimo vale mais do que a de Passos"
Notícias ao Minuto

07:32 - 28/09/14 por Notícias Ao Minuto

Política José Matos Correia

“Não cabe grande dúvida de que as declarações dadas esclareceram o que havia para esclarecer”, começa por dizer ao Diário de Notícias um dos vice-presidentes da bancada parlamentar do PSD, José Matos Correia, quanto ao caso Tecnoforma.

Passos foi acusado de receber rendimentos enquanto deputado entre 1995 e 1999, quando não os podia auferir, contudo, José Matos Correia acredita que se trata de "bruxaria" e que esta foi uma tentativa dos partidos opostos fragilizarem o PSD.

“Como dizem os nossos amigos espanhóis, eu não acredito em bruxas, mas que as há, há. Não gostando de acreditar em campanhas organizadas, não deixo de achar estranho que alguém tenha vindo fazer uma denúncia nesta altura. É possível que alguma oposição tenha tentado cavalgar já numa perspetiva eleitoral”, acusa.

“O primeiro-ministro fez aquilo que lhe pareceu adequado do ponto de vista institucional. Pediu ao Parlamento que esclarecesse as questões relacionadas com a exclusividade na Assembleia da República e ao Ministério Público que esclarecesse se havia algo ilícito. E não existiam indícios contra o primeiro-ministro”, explica.

Indignado com toda a polémica, o político afirma ainda que em “Portugal vale mais a palavra de um cobarde anónimo denunciante do que a do primeiro-ministro e a sua palavra de honra”.

“Querer que o primeiro-ministro divulgue esses documentos [bancários] é uma espécie de voyeurismo público. As pessoas não têm de saber para quem o primeiro-ministro há 18 anos fez uma compra, com quem foi almoçar ou se foi ao carrossel com as filhas”, defende e acrescenta que se “o Ministério Público quiser averiguar, que levante o sigilo bancário, agora não faz sentido expor a vida de uma pessoa se não é suspeita de nada ao abrigo da lei. Não faz sentido”.

Quanto à ideia de ser criada uma comissão de inquérito para averiguar o caso, José Matos Correia afirma: “Não vejo nenhum sentido em fazer uma comissão de inquérito depois de ter sido tudo esclarecido”.

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