O primeiro-ministro anunciou que, conforme a conclusão da Procuradoria-Geral da República (PGR), “não deixará de tirar consequências”. A frase surgiu na sequência do caso Tecnoforma e, conta o Diário Económico, há quem veja aí uma ‘ameaça’ de demissão. E tema por isso.
Deputados e militantes ‘laranja’ terão sido apanhados desprevenidos com as declarações do primeiro-ministro, que muitos interpretaram como a possibilidade de Passos Coelho se afastar do Governo. Saliente-se que o pedido de esclarecimento à PGR, para que esta diga se considera que o primeiro-ministro fugiu ao Fisco em 1999, na altura em que era deputado em regime de exclusividade, foi ontem enviado.
A opção de Passos Coelho em pedir esclarecimentos diretamente à PGR terá sido decidida terça-feira, após um almoço onde esteve presente Marco António Costa e, pelo que conta o Diário Económico, a estratégia de defesa dentro do PSD começou rapidamente a ser montada, com uma fonte a adiantar ao jornal que a situação está “controlada”.
O mesmo jornal, no entanto, adianta que as dúvidas em torno dos vencimentos de Passos Coelho na altura em que era deputado podem fazer ‘mossa’. Dois deputados contactados pelo Diário Económico terão confessado receios de que esta situação possa "abrir instabilidade no partido e no Governo".