As forças e as fraquezas de Seguro e Costa
O Jornal de Negócios convidou dois politólogos para analisarem os candidatos às primárias do Partido Socialista (PS). Ao estilo da ferramenta de planeamento empresarial ? a análise SWOT -, João Cardoso Rosas e André Freire puseram a nu as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de António Costa e António José Seguro.
© Reuters
Política Análise
A escassos dias das primeiras primárias no país, o Jornal de Negócios pediu a dois politólogos que fizessem uma análise SWOT a cada um dos candidatos socialistas.
Trata-se de uma ferramenta de planeamento empresarial que expõe as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças associadas àquele que será o candidato a primeiro-ministro nas eleições do próximo ano.
João Cardoso Rosas analisa António José Seguro e André Freire, António Costa. Cada um é apoiante confesso do candidato que avalia.
António José Seguro, por João Cardoso Rosas:
Forças – Caráter, honestidade e perseverança, preparação, realismo, bom senso, à vontade no contacto com o povo, não pertence à oligarquia e tem o apoio do mundo sindical e do trabalho;
Fraquezas – imagem televisiva, é emotivo, mostra o que lhe vai na alma, não tem um discurso doutrinário que apele aos setores intelectuais, carece de bons conselheiros e possui relacionamentos difíceis dentro do próprio partido;
Oportunidades – possibilidade de ter um novo começo (no PS e no país), pode enveredar por um caminho de unidade no partido em caso de vitória e seguir o rumo da Europa contra as políticas de austeridade;
Ameaças – figuras históricas do PS que apoiam Costa, o ‘establishment' da capital e os seus conluios, a imprensa e a Impresa.
António Costa, por André Freire:
Forças – mais assertivo e credível na oposição ao Governo, vontade de estabelecer diálogos com as esquerdas socias e político-partidárias e capacidade de diálogo e negociação;
Fraquezas – ausência de tomada de posições sobre a dívida atual e futura do país;
Oportunidades – diferenciar-se de Seguro, propondo medidas que reforcem a governabilidade com incentivos institucionais fortes à cooperação entre os partidos e sem que seja beliscada a proporcionalidade e embarque em populismos;
Ameaças – Fraca diversidade de leque de alianças possíveis no Parlamento, que pode obrigar o PS a ficar refém de aliados. Outra ameaça é a Europa, pois para que o ‘status quo’ seja alterado é necessário que as orientações políticas na União Europeia mudem.
O duelo está marcado para domingo e o último debate entre os dois candidatos realiza-se esta terça-feira na RTP.
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