Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 13º MÁX 19º

"Jamais serei carta no baralho da sucessão a Portas"

O ministro da Economia, António Pires de Lima, esteve de visita ao Porto onde revelou ao Jornal de Notícias que não está na corrida à sucessão do CDS e que deixa ?de ser político no fim desta legislatura?.

"Jamais serei carta no baralho da sucessão a Portas"
Notícias ao Minuto

08:36 - 22/09/14 por Notícias Ao Minuto

Política António Pires de Lima

De volta a um dos seus locais prediletos, o ministro da Economia, António Pires de Lima, esteve presente na inauguração da cervejeira Unicer, que o próprio lançou em 2012 onde admitiu que esta “foi a primeira vez que os meus assessores não se meteram no discurso” e que a sua missão irá chegar ao fim quando "terminar a missão do Governo”.

Quando questionado sobre uma das suas propostas, o banco de fomento, o ministro indicou que “não é uma varinha mágica, mas terá um papel importante na gestão dos fundos reembolsáveis do novo quadro comunitário, na contratualização de crédito às pequenas e médias empresas (PME) e no lançamento de instrumentos para a capitalização das PME”.

“No Governo, é uma questão de possibilidades. Falei em moderação fiscal, pela primeira vez, no debate da nação. E mantenho que devemos procurar executar um quadro, a nível fiscal, mais amigo do trabalho”, explicou quanto ao que se referia ao falar desta proposta.

“Só posso ter uma posição mais fundamentada no final da discussão da proposta do Orçamento do Estado para 2015. Se partirmos para a discussão achando que não é possível, não será possível. Porque haverá sempre despesa que justifica a impossibilidade. Se partirmos para o debate tendo como objetivo que seja possível, é mais provável que possa vir a ser. Quem quer muito, que é o meu caso, tem de adotar esse discurso mais construtivo e voluntarista”, defendeu.

Sobre este ano de crise, o ministro manifestou-se satisfeito ao apresentar os resultados. “Vamos terminar o ano com um défice de 4% que, em função de reclassificação do PIB, passará para 3,9%. O esforço que teremos de fazer para ficarmos abaixo de 3% no próximo ano estará entre os 1.500 e os 2.500 milhões de euros. A economia vai continuar a crescer”.

“O privado a recuperar, o desemprego a cair. E há ainda a introdução da fiscalidade verde. Assim, será possível iniciar o trajeto de moderação fiscal ao nível do IRS”, sustentou o governante.

Relativamente ao seu papel no próximo ano, António Pires de Lima anunciou que o seu tempo como político está a chegar ao fim. “No fim desta missão no Governo, a minha vida política executiva termina. Quero respirar fundo, descansar, se possível viajar, e depois voltar a trabalhar nas empresas”.

“Quando terminar regresso à minha vocação natural, ao meu ADN, que é ser gestor. O tempo não volta para trás e quando cumpro uma etapa passo para a próxima. Fala-se da sucessão de Paulo Portas há muitos anos (…) de qualquer forma, em circunstância alguma serei carta no baralho dessa sucessão”, adiantou.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório