"Não costumo esfaquear líderes do meu partido pelas costas"
A poucos dias das eleições primárias no Partido Socialista (PS), Ana Gomes voltou a destacar o seu apoio a António José Seguro. Em entrevista ao jornal i, a eurodeputada diz que se identifica com o atual secretário-geral principalmente quando o tema é o combate da ?promiscuidade política e negócios?.
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Política Ana Gomes
“Não costumo abandonar e esfaquear líderes do meu partido pelas costas. O PS está no estado desastroso em que está, nesta querela interna que foi aberta”. São estas as palavras usadas por Ana Gomes para voltar a destacar o seu apoio a António José Seguro nas eleições primárias do dia 28.
Em entrevista ao jornal i, a eurodeputada socialista diz que se identifica com o atual líder “na agenda de combater promiscuidade política e negócios, parar com este esquema que tem sido empobrecedor do nosso pais e que afecta o PS porque sendo um partido de poder é alvo de quem quer corromper poder de quem quer ter poder”.
Para Ana Gomes “não se compreende que, de repente, o PS esteja neste desvario autofágico, suicida”. “Em 2011, o PS estava de rastos, com uma derrota nas eleições. A actual liderança - sem ser o actual desafiante da liderança a concorrer - levantou o partido dos cacos, ganhou duas eleições consecutivas, as autárquicas e as europeias”, disse, frisando que “também gostaria que o resultado fosse maior, mas é preciso ver” de onde o PS vinha.
“Se calhar, algumas pessoas dentro do próprio PS não fizeram o que deviam fazer na campanha”, atirou.
Ao i, Ana Gomes diz não ter “dúvida” alguma em se “posicionar ao lado de António José Seguro”. “Convém que isto seja resolvido o mais rapidamente possível. Passada esta disputa, ganhe quem ganhar, espero que o partido se reorganize rapidamente e se ponha ao serviço do país e a fazer um discurso para não deixar que esta governação desastrosa continue a destruir o país”, concluiu.
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