Ribeiro e Castro recandidata-se à liderança da bancada do CDS-PP
O ex-líder do CDS-PP José Ribeiro e Castro anunciou hoje a sua candidatura à liderança da bancada parlamentar centrista, que decorre na quinta-feira, e à qual se recandidata Nuno Magalhães.
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Política Ex-líder
"É minha obrigação usar os instrumentos que tenho à minha disposição para sinalizar ideias por que me bato, que no meu entender são indispensáveis. Cada um assume a sua responsabilidade, eu assumo a minha e faço o máximo que posso fazer, que é dispor-me a servir o grupo parlamentar numa outra linha", afirmou Ribeiro e Castro aos jornalistas.
O deputado centrista já se tinha candidatado no ano passado à liderança da bancada, tendo recebido um voto por parte da totalidade dos deputados centristas que votaram para reeleger Nuno Magalhães em outubro de 2013.
Ribeiro e Castro afirmou que não é uma mudança interpretada por si que está em causa, mas sim uma mudança na "metodologia de funcionamento" do grupo parlamentar, da qual discorda e sobre a qual não responsabiliza Nuno Magalhães, atribuindo-a a todo o funcionamento "dos órgãos do partido", que decorre "de cima para baixo e não de baixo para cima".
"É um vício do sistema partidário, que se projeta aliás noutros partidos também. Isso repercute-se nesta 'consumadocracia' e é isso que faz com que o Estado seja mais facilmente capturado por interesses", sustentou.
Ribeiro e Castro considera que há uma forma de funcionamento dentro do CDS, de outros partidos e de uma série de instituições, como o parlamento, que é pouco participada, apresentando as políticas como um "facto consumado".
"Se os mecanismos institucionais - conselhos nacionais, comissões políticas, grupos parlamentares -, funcionassem colegialmente antes das decisões serem tomadas, o Estado não seria tão facilmente capturado por interesses", afirmou, considerando que há uma "crise de institucionalismo" na sociedade portuguesa.
Ribeiro e Castro enunciou "três linhas de preocupações fundamentais" que justificam a sua candidatura: as preocupações com o "funcionamento do sistema político", o desejo de ver o "CDS mais empenhado na reforma do tipo de trabalho do parlamento", e as "prioridades do trabalho político da última sessão legislativa".
No âmbito deste trabalho político final, Ribeiro e Castro considera que a reforma eleitoral deve ser prioritária, assim como "um impulso grande ao dossiê da reforma do Estado, que está esquecido".
Nas mudanças que preconiza para o funcionamento do parlamento destacam-se o prolongamento das discussões em plenário, em debates "com mais tempo", para permitir maior diálogo com a sociedade e que a Assembleia não seja tanto "um teatrinho como as pessoas sentem que é, com mais representação teatral do que política".
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