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"Desgraçado país, onde tudo vai pior do que nunca"

No regresso à sua coluna de opinião do Diário de Notícias, o histórico socialista Mário Soares explica a sua ausência ?para descansar? mas lamenta que no seu regresso tudo esteja ?mal, pior do que nunca?. O antigo chefe de Estado considera porém que ?este mês de setembro vai ficar célebre por ter muito que contar? mas, avisa, ?nada de bom nem para o Governo nem para o Presidente?.

"Desgraçado país, onde tudo vai pior do que nunca"
Notícias ao Minuto

07:15 - 17/09/14 por Ana Lemos

Política Soares

Mário Soares retoma esta quarta-feira a colaboração com os artigos semanais no Diário de Notícias, começando por explicar a sua ausência nos últimos meses. “Em julho último vim para o Algarve por indicação do meu médico, para descansar de uma atividade exaustiva que tive desde as comemorações do 40º aniversário do 25 de Abril, em que participei ativamente”, diz.

Agora, com o título ‘Um setembro difícil’, o histórico socialista escreve sobre este “desgraçado país”, onde “tudo vai mal, pior do que nunca”, onde “o Governo está paralisado há muito tempo e ninguém entende na coligação”, na qual “primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro falam linguagens diferentes”.

“Neste três anos”, reforça, “Portugal foi destruído. O Estado Social está a desaparecer, bem como o Serviço Nacional de Saúde. A Justiça deixou de funcionar. (...) As universidades estão sem dinheiro. A classe médica está insatisfeita e sem condições de trabalho. A pobreza generalizou-se por todas as profissões à exceção dos membros do Governo e seus apaniguados”, contesta o antigo chefe de Estado.

Como exemplo Soares refere o facto de “o dinheiro público” ter servido “agora para comprar automóveis novos, destinados não só a ministros como aos secretários de Estado e a demais funcionários”.

“Pelo contrário, a pobreza é cada vez maios e os portugueses continuam a emigrar”, afirma. Mas “este mês de setembro vai dar muito que falar”, avisa Soares. Apesar de “Governo e Presidente estarem sempre no melhor dos mundos”, o seu tempo, defende o socialista, está a terminar. “Este mês vai ficar célebre por ter muito que contar. E nada de bom nem para o Governo nem para o Presidente”.

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