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Redução de deputados coloca Seguro debaixo de fogo

Mau timing, declaração de ?guerra à esquerda?, ?batota eleitoral? e tentativa de ?agradar à direita? e de se livrar das ?vozes incómodas? que habitam no Parlamento. Foram várias as críticas a António José Seguro depois de o secretário-geral do PS ter apresentado a proposta de redução do número de deputados na Assembleia (de 230 para 181). A direita, para já, mantém-se calada, escreve o Público

Redução de deputados coloca Seguro debaixo de fogo
Notícias ao Minuto

10:30 - 17/09/14 por Notícias Ao Minuto

Política Reformas

António José Seguro apresentou esta terça-feira uma proposta de Reforma Eleitoral em que um dos principais objetivos passa por reduzir o número de deputados com assento parlamentar. Se a ideia do secretário-geral do PS é que passem de 230 para 181, há quem o acuse de “batota eleitoral”.

Segundo o Público, foram várias e intensas as críticas feitas a Seguro, mas é dentro do próprio Partido Socialista (PS) que as reações negativas se fazem mais ouvir. António Costa foi dos primeiros: “é uma declaração de guerra aos partidos à nossa esquerda e um favor ao PSD”.

O autarca de Lisboa, e rival na luta pela liderança do partido, voltou a acusar Seguro de populismo e disse ser “contra” a proposta avançada pelo colega de partido. Ainda dentro do PS, Jorge Lacão queixou-se do timing escolhido por Seguro. Embora já tenha sido a favor de uma proposta semelhante, o socialista disse que “uma reforma dessas tem uma oportunidade, essa oportunidade não é seguramente no fim da legislatura, porque implica muita ponderação, muita necessidade de consenso e não soluções precipitadas, justamente na fase final em que é necessário recorrer à pronúncia dos eleitores”, lê-se no Público.

O politólogo André Freire também não é a favor da sugestão e acusa Seguro de “ser popular, de agradar à população, agradar à direita e quiçá esmagar os pequenos na secretaria”, referindo-se, aqui, aos partidos mais à esquerda do PS.

Mas se o PSD e o CDS se mantêm, para já calados, o Bloco de Esquerda diz que a intenção de Seguro é fazer “batota eleitoral” e que o líder do PS está refém da tentação de um bloco central, o ideal para se livrar das “vozes incómodas” no Parlamento.

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