Seguro exige explicações sobre demissões no Novo Banco

O secretário-geral do PS, António José Seguro, exigiu hoje explicações rápidas do Governo e do Banco de Portugal sobre a saída da equipa de Vítor Bento do Novo Banco.

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Lusa
13/09/2014 15:35 ‧ 13/09/2014 por Lusa

Política

PS

"Alguém tem que vir rapidamente dizer a público o que se está a passar" e, no entender de Seguro, devem prestar esclarecimentos "o governador do Banco de Portugal e o primeiro-ministro".

"E considero que esse esclarecimento deve ser obtido hoje, o mais tardar amanhã", afirmou o líder socialista, em Seia, aos jornalistas, onde participou na iniciativa da JS denominada "Academia Socialista".

A equipa de gestão do Novo Banco liderada por Vítor Bento confirmou hoje, em comunicado, que durante a semana apresentou ao Fundo de Resolução e ao Banco de Portugal a intenção de renunciar aos cargos desempenhados na administração da entidade.

"Em face da especulação mediática sobre o assunto, confirmamos que durante esta semana comunicámos ao Fundo de Resolução e ao Banco de Portugal a intenção de renunciar aos cargos desempenhados na administração do Novo Banco, dando tempo para que pudesse ser preparada uma substituição tranquila", lê-se no documento assinado por Vítor Bento (presidente), José Honório (vice-presidente) e João Moreira Rato (administrador financeiro).

Para António José Seguro, "todas estas surpresas [em torno do Novo Banco] não podem acontecer".

"Não podemos viver num país com esta instabilidade. Há uma crise de confiança na política, nas instituições, na justiça, e também há uma crise de confiança em relação ao sistema bancário e ao sistema financeiro no nosso país. Isto é inaceitável", afirmou.

Seguro considerou "mau de mais" a saída do presidente do Novo Banco, Vítor Bento, do vice-presidente, José Honório, e do administrador financeiro, João Moreira Rato.

"Não podemos estar constantemente a ser surpreendidos com situações que são da máxima importância e da máxima responsabilidade. (...) É necessário estabilidade no sistema financeiro e é necessário estabilidade em todos os bancos", disse.

O secretário-geral do PS defendeu que "não se pode brincar com o dinheiro de depositantes, com o dinheiro dos pequenos acionistas, não se pode brincar com dinheiros públicos, tem que haver estabilidade".

"E os portugueses não podem ser surpreendidos quando vem [...] o governador do Banco de Portugal dizer 'está tudo resolvido, podem ir ao aumento de capital' e as pessoas vão a esse aumento de capital; 'está tudo resolvido porque criámos o banco mau e o banco bom' e depois haver surpresas desta natureza", acrescentou.

"Não pode haver mais surpresas, não pode haver mais instabilidade e tem que haver um respeito total pelos depositantes, pelos pequenos acionistas e pelos portugueses", concluiu Seguro.

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