Previu falhas no Citius, avisou a ministra e demitiu-se
A saída, em 2013, do chefe do gabinete da ministra da Justiça ficou a dever-se a alertas dados sobre o Citius. O Diário de Notícias avança, na sua edição deste sábado, que João Miguel Barros pediu a demissão depois de ter dito à ministra que a plataforma informática dos tribunais não estava pronta para a mudança e que, por isso, deveria ser adiada a implementação do novo Mapa Judiciário.
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Política Justiça
João Miguel Barros foi chefe do gabinete de Paula Teixeira da Cruz até fevereiro de 2013. Nessa altura justificou a sua demissão por considerar que as suas funções estavam “esgotadas”, mas hoje, avança o Diário de Notícias, sabe-se que a verdadeira razão para tal decisão prendeu-se com o Citius.
O novo Mapa Judiciário entrou em vigor a 1 de setembro e trouxe muitos dissabores a Paula Teixeira da Cruz. As obras em vários tribunais têm parado a atividade judiciária e o Citius, a plataforma online dos tribunais, está sem funcionar desde esse dia, atrasando e cancelando diversos julgamentos.
Ao Diário de Notícias, João Miguel Barros admitiu que esta situação “era expectável”.
“Eu sabia que isto ia acontecer”, assegurou.
E foi por saber que tal aconteceria que alertou a ministra para a necessidade de adiar a entrada em vigor do novo Mapa Judiciário, pois o Citius não estava preparado para a transferência de 3,2 milhões de processos e de 80 milhões de documentos.
Tal como o então chefe de gabinete, também a equipa que criou a plataforma online avisou Paula Teixeira da Cruz. Como não lhe foram dados ouvidos, os responsáveis também se demitiram.
O Citius está sem funcionar corretamente desde dia 1 de setembro. O Governo já garantiu, contudo, que a plataforma estará opcional até à próxima segunda-feira.
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