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"Não há dinheiro para Estado Social. E princípios?"

Em entrevista ontem à noite à TVI 24, Adriano Moreira abordou a questão do Estado Social, entre outras. Sobre este tema, o antigo líder do CDS questionou o constante ataque ao Estado Social por parte do Governo e questiona se, apesar de compreender que há falta de dinheiro em Portugal, não será mais importante dar-se atenção ?aos princípios? sociais.

"Não há dinheiro para Estado Social. E princípios?"
Notícias ao Minuto

09:06 - 28/08/14 por Notícias Ao Minuto

Política Adriano Moreira

“Querem acabar com o Estado Social. A resposta: não há dinheiro. E a segunda pergunta: e princípios? (…) [quem hoje toma decisão são] pessoas que a grande parte só pode adquirir a sua formação académica porque tínhamos Estado Social, que era alimentado pelos pagamentos dos que hoje são velhos”, disse Adriano Moreira, na noite de terça-feira, em entrevista à TVI 24, enquanto falava sobre a questão dos cortes verificados no âmbito do Estado Social ao abrigo da ideia de se ter de operar um corte na despesa do Estado.

Ainda com esta questão presente, o professor universitário e antigo líder do CDS-PP interrogou-se sobre o porquê de a sociedade portuguesa, em particular, e o mundo, em geral, se terem tornado tão dualistas, pondo sempre em oposição duas realidades contrastantes, perspetivando uma comunidade onde de forma crescente o “credo de mercado” tem vindo a substituir o “credo de valores”

“[Há um] discurso constante a atacar ou contrariar o convívio entre velhos e novos, empregados públicos e empregados privados, como se o pluralismo, que Portugal também tem, não tivesse um cimento que é a comunidade de afetos”, atirou o professor de 92 anos.

Para Adriano Moreira, este problema não é exclusivo de Portugal. O antigo dirigente político perspetiva ainda que, mantendo-se o rumo político, a Europa no seu conjunto poderá vir a sofrer graves consequências. Aqui defende Moreira que a política de cortes é mais extensa do que possa parecer à primeira vista.

“Já não chega a opressão do corte de pensões, de salários, etc. É que cada vez são mais severas as punições pecuniárias. É isto que eu chamo o neoliberalismo repressivo, porque aquilo que não pode vir dos impostos, vem do aumento das multas, vem do aumento dos preços de consumo das coisas. (…) Esse tem sido, a meu ver, o principal erro”, concluiu.

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