"Não podem ser os contribuintes a pagar o desleixo governativo"
O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, Marques Mendes, comentou este sábado na SIC, o possível aumento de impostos a ser discutido já na próxima semana e para o político ?se há uma derrapagem na despesa cortem na despesa e não nos contribuintes?.
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Política Marques Mendes
Luís Marques Mendes, no seu comentário semanal este sábado, na SIC, falou sobre o aumento de impostos a ser discutido durante a próxima semana, em Conselho de Ministros agendado para terça-feira.
“As pessoas podem ser confrontadas com um aumento de impostos. O primeiro-ministro, Passos Coelho está a estudar o aumento do IVA, mas este aumento não estava previsto para 2014”, disse o político.
Sobre a reunião extraordinária marcada para terça-feira, Marques Mendes, acredita que vá ser uma “reunião quente” isto porque, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque tinha revelado a intenção de aumentar os impostos em 2015, de 23 para 24%, mas já falam de aplicar esta medida este ano.
“O governo diz que é preciso fazer um aumento do IVA porque houve um chumbo em maio, nos cortes salariais, mas isso vai abrir um buraco de 500 a 600 milhões. Contudo, se fizermos bem as contas percebemos que há uma almofada este ano. Porque a receita está a crescer mais do que estava prevista. Há uma folga de mil milhões de euros no final do ano”, garante Marques Mendes.
No entanto, o ex-ministro dos Assuntos Parlamentares revela que há uma outra ‘verdade’ que o Governo não quer que se saiba. “Pode haver um buraco devido às gorduras do Estado. No primeiro semestre deste ano a despesa total devia estar a reduzir-se em 3,9% e está a subir 0,6%, há um descontrolo. Os ministros são pouco poupadinhos. Se há uma derrapagem na despesa cortem na despesa, não podem ser os contribuintes”.
Relativamente à decisão do Governo, se for para a frente, Marques Mendes garante que é “um enorme erro”, porque vai haver um “mal-estar na coligação e é muito mau para a economia, porque ela está a crescer de forma débil. O governo não pode fazer avanços e recuos. São sempre os contribuintes a pagar o desleixo governativo. Não é necessário aumentar impostos em 2014, mas em 2015 vai ser difícil ter folga para baixar os impostos. O país não pode aceitar mais um aumento”, remata.
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