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"Ninguém almoça à borla com o dr. Mário Soares"

Marinho e Pinto, já assumido candidato a primeiro-ministro nas próximas legislativas, volta esta terça-feira ao ataque em entrevista ao Diário Económico. Insiste que ?é mais útil ao país na Assembleia da República? do que em Bruxelas, não teme que os ?seus eleitores? se sintam defraudados, diz que o Parlamento Europeu ?é bom para Rangel e Assis? e critica António Costa pela falta de ?coragem?, esclarecendo que o apoio de Soares tem um preço.

"Ninguém almoça à borla com o dr. Mário Soares"
Notícias ao Minuto

08:58 - 19/08/14 por Notícias Ao Minuto

Política Marinho e Pinto

Insistindo na ideia de que “é mais útil ao país na Assembleia da República” do que no Parlamento Europeu, em Bruxelas, Marinho e Pinto esclarece esta terça-feira, em entrevista ao Diário Económico, que se não for eleito nas próximas legislativas cumprirá o mandato como eurdeputado “até ao fim”.

Quanto aos milhares de eleitores que nele votaram nas europeias de maio passado, diz apenas que caso “se sentirem defraudados”, não devem votar nele mas “nos outros candidatos que estão todos contentes no Parlamento Europeu (PE)”. Até porque, diz, “o desejo supremo de qualquer político é chegar ao PE, ganhar 17 ou 18 mil euros por mês e estar ali tranquilamente. Aquilo é bom para o dr. Paulo Rangel e para o dr. Francisco Assis que estão à espera do seu tempo cá em Portugal”.

Apesar de estar decidido a avançar para a conquista de um lugar em São Bento, Marinho e Pinto admite não vencer “as próximas [legislativas]” mas recusa fazer “profecias”, justificando que trabalha “desde os 20 anos” e que só aos 63 anos decidiu “fazer política por um imperativo de consciência, um chamamento de consciência, para combater a degenerescência do sistema”.

Por isso jamais se candidatará pelo PS ou PSD. “Se combate os vícios desses partidos, o carreirismo, a utilização da política para fins pessoais, a teatralização da política que eles fazem”, não faria sentido unir-se a eles.

Nesta entrevista ao Diário Económico, Marinho e Pinto critica o autarca socialista António Costa por não ter tido a “coragem de se candidatar contra António José Seguro na altura própria”, fazendo-o agora “porque viu que o PS e ele [Seguro] iam ganhar as eleições, e Costa quer ter esse lugar de primeiro-ministro”.

Ainda assim garante estar “contra ambos” e contesta o facto de Costa ser apoiado por grandes figuras como Mário Soares. “Sabe que ninguém almoça à borla com o dr. Mário Soares e era bom ver os subsídios que a Câmara de Lisboa tem dado à Fundação Mário Soares. (...) Talvez se possa entender algumas coisas”, acusa.

Outro exemplo, destaca Marinho e Pinto, é a proximidade de Costa a José Miguel Júdice, “um dos maiores bufarinheiros da advocacia em Portugal”, questionando como podem existir “convergências ideológicas ou políticas” entre ambos, se um é da “ala esquerda do PS” e outro “da extrema direita coimbrã”. Simples, esclarece, “há os mesmos interesses: dinheiro, dinheiro, dinheiro”.

Uma das figuras que diz admirar na política é “o dr. Álvaro Cunhal, apesar das divergências políticas e ideológicas substantivas”, admitindo ser um dos poucos porque em Portugal “temos pessoas que entraram na política empregados e saíram empresários, que entraram bancários e saíram banqueiros” e tudo acontece “à vista de todos nós”.

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