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"Propostas de Costa e Seguro são buffet de despesa pública"
Num artigo de opinião dedicado à disputa interna no PS, intitulado de 'O meu vazio é melhor do que o teu', Carlos Carreiras analisa, à luz das suas considerações, as propostas de António Costa e António José Seguro ‘reduzindo-as’ a “um verdadeiro buffet de despesa pública” e de “generalidades para todos os gostos”.
© DR
Política Carlos Carreiras
O atual presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, eleito pelo PSD/CDS, analisa, esta quarta-feira, num artigo de opinião publicado no jornal i, a corrida à liderança socialista. Sobre este tema, o autarca apelida a luta eleitoral interna como “um concurso de beleza”, até porque, criticando o vazio de ideias dos dois candidatos, diz que a cisão aberta no Largo do Rato se pode explicar por haver quem “dentro do PS entendesse que uma pessoa que não o seu líder faria melhor figura nas sondagens”.
Para o social-democrata, as propostas de Costa e Seguro para o país, são um verdadeiro "buffet de despesa pública, na boa tradição socialista, e de generalidades para todos os gostos”, considerando, neste âmbito, que não encontra justificação para “a cisão e o avanço contra a liderança no plano das ideias” sobretudo porque é “difícil encontrar a diferença que justifique tão acicatado combate”.
Discorrendo sobre as propostas de ambos os candidatos, Carreiras acaba por considerar que a troca de acusações quanto a “vazio” ou “plágio” programático se justifica porque “Seguro e Costa são antes faces da mesma moeda”, pelo que as ideias defendidas são vistas como sendo de “um socialismo em falência ideológica que continua agarrado à filosofia despesista”.
Sobre este ponto, foca-se o líder camarário nas ideias sobre défice e dívida, alegando que “para Costa, o défice e dívida devem ser deixados ao acaso do logo se vê”, o que à luz dos comentários expressos recentemente por Seguro, que está agora mais próximo das ideias do Governo, pode ser sintetizado na seguinte frase “Costa vai atrás de Seguro que já vai atrás do Governo”.
Por fim, sobre o percurso do Executivo de coligação chefiado por Pedro Passos Coelho, Carreiras diz que, chegados aqui, “descontando alguns acidentes de percurso, o caminho traçado pelo Governo era o único possível para salvar o país”.
Para terminar, sobre as eleições legislativas, considera o autarca que “a questão que os eleitores colocarão a si mesmos” será a de escolher, em outubro, “quem, no limite, garante a estabilidade política e económica do país”.
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