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Assunção Cristas garante apoio a projetos para produção de algas

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse hoje, em Ílhavo, que Portugal tem condições para se tornar um grande produtor e comercializador de algas marinhas e que o Governo está disposto a apoiar este tipo de projetos com verbas dos fundos comunitários.

Assunção Cristas garante apoio a projetos para produção de algas
Notícias ao Minuto

14:40 - 23/07/14 por Lusa

Economia Governo

"Portugal tem condições para se tornar num grande ator na Europa na produção e comercialização de algas e no Governo estamos muito empenhados em apoiar este tipo de projetos, nomeadamente com verbas do quadro comunitário de apoio, porque criam mais riqueza, acrescentam valor e geram postos de trabalho altamente qualificados", disse Assunção Cristas.

A governante transferiu hoje algas "bebés" de "erva patinha" de um laboratório para um tanque, operação feita pela primeira vez na Europa, com vista à sua produção contínua para consumo humano.

A "erva patinha" ou "Nori do Atlântico", como é conhecida, ou ainda "Porfina", na designação científica, é a espécie de alga de maior consumo a nível mundial, nomeadamente no Japão e nas Coreias, usada no conhecido "shushi".

A principal novidade da operação hoje levada a cabo com a ministra Assunção Cristas, durante a visita que fez à empresa Algaplus, em Ílhavo, é que o processo vai permitir abastecer continuamente o mercado, sem estar dependente da sazonalidade com que a alga é apanhada nas praias.

Na visita à empresa "pioneira na produção e transformação de algas" em Portugal, a ministra realçou a importância da inovação e do sistema ambientalmente sustentável implementado, que conjuga as algas com a aquacultura.

"É o início da fileira das algas, mais uma área da economia do mar e que pode ter grande importância na conjugação com a aquacultura. Somos o segundo maior consumidor de peixe e temos de o produzir. O desafio é crescer na aquacultura e por isso lançámos 30 novas concessões no Algarve e 40 aqui em Aveiro que, combinadas com este tipo de cultura terão maior sustentabilidade", comentou Assunção Cristas.

A Algaplus é uma empresa criada em 2011 por Helena Abreu e Rui Pereira, dois investigadores portugueses que trabalharam no Chile e nos Estados Unidos e resolveram regressar a Portugal para aplicar os conhecimentos numa área de negócio praticamente inexplorada, a que se juntou um investidor.

Na Ria de Aveiro encontraram um "saber-fazer" da população, desde há séculos envolvida nas atividades marinhas e antigas marinhas de sal disponíveis à espera de reconversão, e associaram-se à empresa Materágua, que já praticava aquacultura, partilhando custos e otimizando infraestruturas.

Hoje produz macro-algas para a indústria alimentar, cosmética e de saúde e bem-estar, exportando diversos produtos para a Inglaterra e Suíça e algas a granel para França, não descurando Portugal, um mercado em franco crescimento.

A aposta do cultivo complexo em terra, menos sujeito às variações climáticas, permite à empresa garantir o abastecimento ao longo de todo o ano, maior controlo de qualidade na cultura e processamento e diversificação da oferta com espécies de maior valor acrescentado.

Agora virados para o negócio, os dois jovens biólogos não esquecem a investigação onde iniciaram a carreira, que continuam a praticar na empresa, estando a trabalhar no desenvolvimento de biopolímeros (sacos de plástico biodegradáveis) e em suplementos de rações para animais.

"A inovação é a palavra-chave para o sucesso e é bom que o exemplo destes dois biólogos, que regressaram para apostar em Portugal, possa ser seguido por outros jovens", sublinhou a ministra.

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