De acordo com ex-líder do Bloco de Esquerda, Juncker é um homem “hábil e bem preparado mas é um retrato da Europa antiga”, pelo que, “na verdade, ninguém queria que Juncker assumissse a liderança da Comissão Europeia”.
“Juncker foi muito festejado, mas para dizer a verdade, ninguém o queria como Presidente da Comissão Europeia. Não o queria o Partido Popular, onde ele foi muito contestado, nem o queriam os seus opositores, mas era muito dificil apresentar alguém que não se tivesse proposto como candidato”, afirmou. Por isso, diz, há agora uma “tentativa muito grande de o consagrar”.
A crispação que houve com o ministro inglês David Cameron abriu por isso “uma ferida ainda maior” porque não teve nenhum impacto.
Com esta nomeação, “Portugal está assim numa posição dificílima”, defende, pois esta nomeação prova que a Alemanha continua a “pressionar para uma Europa consolidada nas políticas de austeridade”.
Recorde-se que o luxemburguês Jean-Claude Juncker foi hoje indigitado para o cargo de presidente da Comissão Europeia, sendo que apenas a 25 de Julho saberá se recebe o aval do Parlamento Europeu para assumir funções.