Marcelo defende "penúria" nas campanhas autárquicas
Marcelo Rebelo de Sousa considera que um corte de 50% nas despesas das eleições autárquicas “é curto” e defende que “devia haver um pacto nacional de forma a que as campanhas se fizessem na penúria”, para combinar com o Estado do País.
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Política Corte
“Devia haver um pacto nacional para reduzir ao mínimo as campanhas [autárquicas] de todos os partidos e de todos os candidatos, de forma a que as campanhas se fizessem com base na penúria, porque é na penúria que vive o País”, afirmou hoje Marcelo Rebelo de Sousa no habitual comentário na TVI.
As declarações do fundador do PSD surgem depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros e líder centrista, Paulo Portas, ter dito ontem que quer que as candidaturas do CDS nas próximas eleições autárquicas sejam "poupadas" face à situação económica do País. "As campanhas eleitorais custam demasiado dinheiro e o País não está para gastar dinheiro", afirmou Paulo Portas, na apresentação do candidato centrista à Câmara de Torres Vedrasd, Luís Marinho.
Recorde-se que a iniciativa do Bloco de Esquerda para cortar 50% no financiamento do Estado às campanhas eleitorais foi chumbada há três semanas, com os votos contra do PSD, PS e CDS, para ser proposta, alguns dias depois, pelos centristas. Contudo, o PSD vetou esta pretensão.
Hoje, na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que um corte de 50% nas despesas públicas com eleições ainda “é curto”.
Ainda assim, o Orçamento aprovado para o próximo ano só prevê um corte em 20% da subvenção e o limite de despesas dos partidos nas campanhas eleitorais, face a 2009.
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