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"Preço a pagar por adiamento de entendimentos pode ser elevado"

O Presidente da República alertou hoje para o "preço muito elevado" que se poderá pagar se um entendimento partidário continuar a ser adiado, apontando o período até à discussão do Orçamento como o indicado para "o tempo de diálogo".

"Preço a pagar por adiamento de entendimentos pode ser elevado"
Notícias ao Minuto

13:14 - 10/06/14 por Lusa

Política Cavaco Silva

"Os desafios que temos diante de nós, de todos nós, só podem ser vencidos através de uma cultura de compromisso. Adiar por mais tempo um entendimento partidário de médio prazo sobre uma trajetória de sustentabilidade da dívida pública e sobre as reformas indispensáveis ao reforço da competitividade da economia é um risco pelo qual os portugueses poderão vir a pagar um preço muito elevado", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na sessão solene das comemorações do 10 de Junho, que decorreram na Guarda.

E, acrescentou, "o tempo de diálogo que se estende agora até à discussão do próximo Orçamento do Estado será o mais indicado para que as forças políticas caminhem no sentido da concretização do direito à esperança dos portugueses, numa perspetiva temporal mais ampla, situada para além de vicissitudes partidárias ou de calendários eleitorais".

Repetindo uma mensagem que tem insistentemente deixado ao longo dos últimos meses, o chefe de Estado reiterou ser fundamental que se evitem "erros do passado" para não voltar a uma situação como aquele que o país viveu.

"Repito: devemos estar atentos", sublinhou, recordando que só através de um crescimento económico sustentável se poderão resolver os problemas de forma "estável e consistente, numa perspetiva de médio prazo".

Além disso, continuou, importa lutar por uma distribuição mais equitativa dos rendimentos e de políticas públicas orientadas para o combate à pobreza e à exclusão e para a promoção da mobilidade social.

"Ao longo destes anos difíceis, os portugueses deram prova de um notável sentido patriótico de responsabilidade. Têm agora o direito a exigir que os agentes políticos atuem de modo idêntico. Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançarmos a sociedade mais justa e desenvolvida com que sonhámos há 40 anos", insistiu.

No final da intervenção, o Presidente da República condecorou mais de três dezenas de personalidades, entre as quais o economista António Borges, a título póstumo, o socialista António Vitorino, o presidente do Banco Lloyds, António Horta Osório, e o ensaísta Eduardo Lourenço.

[Notícia atualizada às 13h50]

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